São Paulo, sexta-feira, 12 de novembro de 2004

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Para Tarso, ver gestão Lula igual à FHC é "má-fé"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de se propor a traçar rumos para o que chama de "nova esquerda" em seu recém-lançado livro "Esquerda em Progresso", o ministro da Educação, Tarso Genro (PT-RS), classificou ontem como "equivocada" e "má-fé" a visão de que o governo Luiz Inácio Lula da Silva seria igual ao mandato do antecessor Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Em palestra, Tarso disse que houve uma "necessidade de rigidez financeira" nos dois primeiros anos de governo para permitir a implantação de um modelo de transição, para o qual, segundo ele, Lula elegeu como prioridade a infra-estrutura e a educação.
"Sou daqueles que entendem que o modelo atual, o modelo macroeconômico, é mais ou menos igual ao do governo anterior. A transição rupturista de um modelo para o outro, sem preparar condições financeiras e de infra-estrutura, seria suicídio do governo. A diferença é que o governo atual criou, nos dois primeiros anos, a condição de transição", disse.
Tarso defendeu intervenção do Estado na economia para não permitir "que a economia global interfira sobre a malha financeira", mas disse que só isso não é suficiente. "Por isso, Lula disse que no ano que vem o privilégio será para educação e infra-estrutura."
"Essa história de que o governo do presidente Lula é o mesmo do presidente Fernando Henrique Cardoso é uma visão absolutamente equivocada, quando não de má-fé." Após a palestra, Tarso rebateu críticas feitas pelo ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza (1995-2002) à atual política educacional, que disse que a gestão atual tem priorizado o ensino superior em detrimento da educação básica. Para Tarso, houve desinformação do ex-ministro.


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