São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2008

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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Pela Colômbia, tudo

"New York Times" e "Washington Post" publicaram ontem que, na conversa com George W. Bush, Barack Obama pediu a aprovação do plano de apoio às montadoras americanas, como a General Motors, à beira do colapso. E o presidente republicano indicou que apoiaria, desde que os democratas aprovassem o acordo de livre comércio com a Colômbia.
Diante do escândalo de vincular a sobrevivência de uma corporação americana a um aliado republicano, a porta-voz da Casa Branca negou. E o Drudge Report deu na manchete a "raiva de Bush" pelo vazamento.

Eric Draper/whitehouse.gov
Em foto distribuída pela Casa Branca, Bush e Obama no salão oval, quando o primeiro sugeriu salvar a GM em troca de apoio para a Colômbia


OBAMA E A AMÉRICA LATINA
A nova edição do "Latin Business Chronicle" traz opiniões sobre "Obama e a América Latina". Começa por Otto Reich, que foi enviado especial de Bush à região e aconselha Obama a "reexaminar sua oposição aos acordos" bilaterais e a priorizar Colômbia e México.
E fecha com Albert Fishlow, professor de Columbia, para quem "a mudança deve se apresentar no reconhecimento da virada para a esquerda democrática, simbolizada por Brasil e Chile, e da importância de Brasil e México, não só econômica mas politicamente". E mais, "nenhuma política de energia poderá ignorar o etanol de cana".

ETANOL, O RETORNO?
wsj.com
A agência americana de proteção vai medir o "desmatamento distante" dos EUA que é estimulado pelo etanol
Também a instituição Americas Society fez previsões sobre Obama e, no caso, a "política de etanol EUA-Brasil". Registra que ele apoiou aprofundar o programa, mas também é defensor da tarifa sobre o etanol brasileiro. Mais importante, o site sublinha que a gigante ADM anunciou investimentos no etanol de cana, aqui.
Aos poucos os biocombustíveis ressurgem na cobertura, com Andres Oppenheimer propondo que Obama se abra ao etanol de cana, no "Miami Herald". E com o "WSJ", em destaque no site, questionando os "efeitos indiretos" do etanol, como a ocupação da Amazônia com gado.

OBAMA LIGA, MAS NÃO VAI
E Obama enfim telefonou para Lula, postaram ontem a Agência Brasil e outros. Ele "aceitou convite para visitar" o país e "reconheceu o Brasil como ator fundamental na construção de propostas para superar a crise financeira mundial e também na América Latina".
Mas não vai à reunião do G20, o que talvez explique por que Lula, antes mesmo da ligação, declarou à manchete da Reuters Brasil e outras, com pessimismo: "Não esperamos muito desse encontro do G20... Será o primeiro encontro, é o começo, um início promissor".
Por outro lado, o novo site do "Financial Times" destacou ontem, com otimismo, que o "G20 está perto de se unir sobre um estímulo fiscal coordenado globalmente". O "mais importante", afirmou o jornal, é que "os líderes das economias avançadas e emergentes concordaram."

DO JAPÃO
O japonês "Yomiuri Shimbun" deu editorial em apoio à cúpula do G20 e ao "fortalecimento da cooperação de países avançados e economias emergentes", mas também cobrou "ação rápida".

DA AUSTRÁLIA
O australiano "The Age" ressaltou a avaliação do governo local, que vê "determinação" no G20 para agir. O primeiro-ministro vem sendo criticado por excessiva aproximação com a China.

SERRA 2010, AÉCIO 2010
Nas manchetes on-line de "O Estado de S. Paulo" e do Globo Online, o "pacote paulista", do "governo de São Paulo". O "Jornal Nacional", depois, entrou na escalada com "Os governos de São Paulo e Minas anunciam ajuda a empresas". Na reportagem, Minas primeiro.

"AÇÃO ISOLADA"
video.globo.com
O secretário de Segurança surgiu nos escombros, enquanto Fátima Bernardes saudava que "a polícia de São Paulo está caçando os homens que usaram explosivos para destruir uma delegacia"


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