da Sucursal de Brasília

O Palácio do Planalto fez exigências protocolares ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para a sessão solene, às 10h de hoje, de entrega do diploma de "presidente reeleito" a Fernando Henrique Cardoso.
FHC terá duas linhas telefônicas da Presidência da República, uma delas de fax, instaladas no gabinete do presidente do TSE, ministro Ilmar Galvão, para utilizá-las na hipótese de urgência.
Também haverá uma saída de emergência da sala onde receberá os cumprimentos, próxima ao gabinete de Galvão e distante do local de circulação dos convidados.
Outra providência imposta pelo Planalto já tinha sido prevista pelo tribunal: um local estratégico para a ambulância da Presidência ficar estacionada durante a permanência de FHC.
Todas essas exigências foram atendidas porque, pela primeira vez, o candidato eleito já exerce o mandato. O presidente da República tem prerrogativas (regalias) do cargo, relacionadas principalmente à segurança pessoal.
Está programada para as 7h de hoje varredura da Polícia Federal no prédio do TSE para verificar a existência de bombas. Essa já é uma praxe nas solenidades de diplomação de candidatos eleitos.
FHC receberá de Galvão o diploma que o habilitará formalmente para a posse em 1º de janeiro. O documento foi confeccionado pela Casa da Moeda, no Rio de Janeiro. Os dois deverão discursar.
O TSE estima a presença de 200 pessoas, além de jornalistas e funcionários, embora a lista de convidados tenha apenas 120 nomes. Há 13 convidados pessoais de FHC, entre amigos e parentes.
Na lista estão os presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal, ministros de Estado e de tribunais e o governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque (PT), entre outras pessoas.
Pela primeira vez, o Hino Nacional será cantado e não executado por uma banda. A soprano Luciana Borges Camazano, 16, natural de Piracicaba (SP) e residente em Brasília, fará a apresentação.
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Posse
Incomodado com a largura e o tamanho da faixa que usou em 1995, FHC decidiu tomar posse no seu segundo mandato com uma faixa nova, maior e mais larga, que será estreada na posse.
Deixará de usar a anterior, usada pelos ex-presidentes José Sarney e Itamar Franco. A nova faixa foi feita pela alfaiataria Francesco, do Rio de Janeiro, seguindo o modelo anterior, vindo da França. É de tecido nacional e, nas pontas, tem cinco centímetros de franjas feitas com fios de ouro 24 quilates.
Em um dos lados, há um broche desatualizado com a efígie da República -tem 23 brilhantes representando os Estados, e não 27.



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