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Presidente vai se
encontrar com
parente russo
DO ENVIADO A MOSCOU
Famoso por dizer que tem
raízes em quase todos os Estados brasileiros que visita, o presidente Fernando Henrique
Cardoso encontrou "ramificações" até em Moscou, onde desembarca hoje com sua comitiva de 91 pessoas.
FHC vai aproveitar essa viagem para se encontrar com um
parente distante na capital russa: Serguei Brandão, neto de
Otávio Brandão, intelectual
anarquista que aderiu ao Partido Comunista.
Otávio Brandão, que viveu
em Moscou, era primo de Nayde Cardoso, mãe de Fernando
Henrique Cardoso.
Folclore
O hábito de FHC de citar antepassados em diversos locais
já entrou para o folclore político brasileiro. O gesto é visto como uma tentação irresistível de
agradar a todos -o mesmo
motivo pelo qual não consegue
declarar-se torcedor de um time sem elogiar igualmente o
adversário.
Em Manaus, o presidente
sempre cita que sua mãe é de lá.
Em Alagoas, diz que sua mãe
tem parentes lá. No Paraná, diz
que seu pai, general Leônidas
Cardoso, nasceu lá.
"Minha terra"
Declara-se carioca, sem esquecer que é igualmente paulista. FHC chama a cidade de
Goiás, conhecida como Goiás
Velho, de "minha terra", porque seu bisavô brigadeiro Felicíssimo Espírito Santo Cardoso
foi comendador e vice-presidente da então província de
Goiás.
Naquele Estado, o presidente
não se esquece de mencionar
que em Anápolis há uma rua
com o nome do seu avô general
Joaquim Inácio.
Conhecendo a fixação do
presidente por seus antepassados, o governador do Tocantins, Siqueira Campos, aproveitou uma visita presidencial à
usina hidrelétrica de Lajeado, a
90 km de Palmas, e fez uma homenagem a um ascendente
distante do presidente.
"Esse eu não conhecia", admitiu Fernando Henrique na
ocasião.
(WS)
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