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Vantagem da mulher diminuiria
DA REPORTAGEM LOCAL
A reforma da Previdência do setor público é importante mas o
novo governo terá de enfrentar,
também, os três tabus que sempre
entravaram mudanças estruturais no setor: idade mínima para
mulheres, aposentadoria dos professores e aposentadoria por tempo de serviço. Essa é a opinião de
Fabio Giambiagi, especialista em
contas públicas. "Sem mexer nessas três questões, o déficit do INSS
vai estourar no futuro", diz.
A idade mínima para aposentadoria das mulheres é 50 anos, cinco a menos do que para os homens. Giambiagi defende que essa diferença caia para dois anos.
"A justificativa para manter esse
diferencial é que as mulheres
exercem uma dupla jornada de
trabalho", diz. "A questão pode
ser socialmente justa, mas há um
problema aritmético: as mulheres
se aposentam antes e vivem mais.
A conta não fecha", acrescenta.
Outro problema que, segundo
ele, onera o INSS, é a aposentadoria dos professores. Como a
maioria é mulher, a aposentadoria ocorre dez anos antes: cinco a
menos pela profissão e cinco pela
condição feminina. "É dramático:
há situações em que a pessoa se
aposenta aos 45 anos", afirma.
Ele também defende o fim do
sistema de aposentadoria por
tempo de serviço. "Essa figura esdrúxula só existe em mais cinco
ou seis países, todos produtores
de petróleo", diz. Para ele, a reforma da Previdência deveria trocar
o tempo de serviço, por aposentadoria apenas por idade.
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