São Paulo, segunda-feira, 13 de janeiro de 2003

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ÁREA SOCIAL

Graziano espera doações de entidades privadas

Fome Zero precisa de R$ 5 bi, mas Orçamento prevê apenas R$ 1,8 bi

DA AGÊNCIA FOLHA, EM ITINGA

DA ENVIADA ESPECIAL A ITINGA

O Fome Zero, um dos principais programas do governo Luiz Inácio Lula da Silva, precisaria de cerca de R$ 5 bilhões neste ano para implementar as 41 ações previstas nos 959 municípios considerados prioritários, segundo o ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome, José Graziano. O Orçamento de 2003 prevê um gasto de R$ 1,8 bilhão com o programa.
A intenção do governo é implantar o Fome Zero nas 959 cidades até o final do primeiro semestre. Na avaliação de Graziano, os recursos necessário podem vir não só do Orçamento federal, mas de doações e parcerias com entidades privadas. Na semana passada, a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) anunciou que vai doar 24 mil toneladas de alimentos para o Fome Zero.
O ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse que os programas sociais do governo federal passarão por uma triagem. O objetivo é evitar que uma mesma família receba dinheiro de dois ou mais programas sociais federais, deixando outras sem receber o benefício. "Queremos saber se o dinheiro entregue às famílias está sendo eficiente e se há redundância dos programas", afirmou.
Entre as 41 ações do Fome Zero está a distribuição de recursos, por meio de cartões magnéticos, para famílias carentes. Os recursos devem ser usados para a compra de alimento.
As famílias beneficiadas deverão realizar uma "prestação de contas" dos gastos, para continuarem a receber o dinheiro. Esse é um dos pontos mais criticados do modelo definido pelo governo para o programa.



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