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ÁREA SOCIAL
Graziano espera doações de entidades privadas
Fome Zero precisa de R$ 5 bi, mas Orçamento prevê apenas R$ 1,8 bi
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ITINGA
DA ENVIADA ESPECIAL A ITINGA
O Fome Zero, um dos principais
programas do governo Luiz Inácio Lula da Silva, precisaria de cerca de R$ 5 bilhões neste ano para
implementar as 41 ações previstas
nos 959 municípios considerados
prioritários, segundo o ministro
de Segurança Alimentar e Combate à Fome, José Graziano. O Orçamento de 2003 prevê um gasto
de R$ 1,8 bilhão com o programa.
A intenção do governo é implantar o Fome Zero nas 959 cidades até o final do primeiro semestre. Na avaliação de Graziano, os
recursos necessário podem vir
não só do Orçamento federal,
mas de doações e parcerias com
entidades privadas. Na semana
passada, a OCB (Organização das
Cooperativas Brasileiras) anunciou que vai doar 24 mil toneladas
de alimentos para o Fome Zero.
O ministro do Planejamento,
Guido Mantega, disse que os programas sociais do governo federal
passarão por uma triagem. O objetivo é evitar que uma mesma família receba dinheiro de dois ou
mais programas sociais federais,
deixando outras sem receber o
benefício. "Queremos saber se o
dinheiro entregue às famílias está
sendo eficiente e se há redundância dos programas", afirmou.
Entre as 41 ações do Fome Zero
está a distribuição de recursos,
por meio de cartões magnéticos,
para famílias carentes. Os recursos devem ser usados para a compra de alimento.
As famílias beneficiadas deverão realizar uma "prestação de
contas" dos gastos, para continuarem a receber o dinheiro. Esse
é um dos pontos mais criticados
do modelo definido pelo governo
para o programa.
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