São Paulo, sábado, 13 de fevereiro de 2010

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Relator do caso é cauteloso e atua quieto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Fernando Gonçalves é o típico "mineirinho". É tímido, cauteloso e atua quieto, mas na hora em que precisa ser rígido, sabe agir como ninguém.
É assim que ele, o relator do inquérito que investiga o mensalão do DEM, é visto por colegas -assessores, advogados e ministros do STJ e do STF - ouvidos ontem pela Folha.
Muitos se surpreenderam com sua atitude "drástica" de mandar prender preventivamente o governador José Roberto Arruda (sem partido), mas todos concordam que se ela foi tomada é porque foi avaliada exaustivamente por Gonçalves.
Não foi à toa que Marco Aurélio Mello, ao manter o que decidiu Gonçalves, o encheu de elogios. A primeira reação de Gonçalves, porém, ao ser sorteado para comandar o inquérito da Operação Caixa de Pandora foi de surpresa e até de certo desânimo.
No dia 28 de abril, Gonçalves completará 70 anos e se aposentará compulsoriamente. Nascido em Belo Horizonte, começou sua carreira na capital mineira em 1971. Veio para o DF no final dos anos 80 para ser juiz federal, onde ficou até 1996, quando tomou posse no STJ.
É visto por ministros do STF como um dos melhores do STJ, por não tomar "decisões afobadas". Em seu tribunal, é conhecido por não deixar de receber ninguém em seu gabinete. (FELIPE SELIGMAN)

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