DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os servidores em greve da Polícia Federal prometem "radicalizar" o movimento a partir da próxima semana, inclusive com protestos em Brasília. Segundo Francisco Garisto, presidente da Fenapef (Federação Nacional de Policiais Federais), a próxima semana promete ter o "pior confronto já visto pelo governo".
A segunda começa com um protesto em Brasília. Os manifestantes querem fazer o enterro simbólico do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e levar um bolo de mil quilos para a frente do ministério. O movimento está estudando recolher denúncias contra o governo. A idéia dos manifestantes é passar a penalizar o menos possível a população.
A direção da PF não divulgou ontem o balanço do movimento. Até quinta-feira, o órgão estimava que 80% dos funcionários cruzaram os braços. O comando de greve afirma que são 90%.
A PF disse que estão sendo verificados os casos de Estados onde o percentual mínimo (30%) de manutenção dos serviços essenciais pode não estar sendo atendido.
Participam da mobilização agentes, escrivães e papiloscopistas. Eles dizem que o governo não respeita a lei 9.266, pois, apesar de terem nível superior, ganham salários que seriam de nível médio. O aumento pleiteado é de 85,4%. O salário de um agente em início de carreira subiria de R$ 4.200 para cerca de R$ 7.800, o mesmo de um delegado.
Na segunda-feira, 20 ônibus com mais de mil agentes devem chegar a Brasília.


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