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Apenas 6 senadores pedem que servidores devolvam hora extra
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apenas 6 dos 81 senadores
pediram formalmente o cancelamento da hora extra recebida
pelos funcionários de gabinete
durante o mês de janeiro, quando o Senado estava em recesso.
O comando do Senado deixou
que cada senador decida se devolverá ou não o dinheiro.
Já protocolaram a decisão de
devolver o dinheiro os senadores José Sarney (PMDB-AP),
Aloizio Mercadante (PT-SP),
Álvaro Dias (PSDB-PR), Katia
Abreu (DEM-TO), Marina Silva (PT-AC) e Tasso Jereissati
(PSDB-CE). Outros cinco senadores disseram no plenário que
iriam pedir a devolução, mas
não formalizaram essa decisão.
O presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), voltou a
cobrar isso ontem dos colegas,
mas disse que a Mesa não irá
determinar a devolução coletiva e reduziu o caso a um "problema administrativo" que os
senadores desconheciam.
"O que há de errado nisso é
que, durante o tempo em que
tivemos o recesso, foram dadas
horas extras. Não foi dado aos
senadores, mas à burocracia da
Casa. Tomamos conhecimento
através das publicações feitas e
imediatamente estamos corrigindo. Esse é um fato que não
tem essa gravidade que estão
tentando dar", afirmou Sarney.
A Folha revelou que o Senado gastou R$ 6,2 milhões com o
pagamento de hora extra pelo
mês de janeiro. O valor pode
ter sido maior. O Siafi, que registra os gastos públicos, indica
pagamento de R$ 8 milhões.
O Ministério Público Federal
do Distrito Federal abriu uma
investigação sobre o caso. Após
pedir as informações para o Senado, os procuradores, se entenderem que o pagamento foi
irregular, podem pedir desde a
devolução do dinheiro até responsabilizar criminalmente os
responsáveis pela medida.
Senadores cobraram ontem
uma decisão da Mesa: "A Mesa
deve reconhecer a ilegalidade
desse pagamento e determinar
a forma de devolução", disse
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que afirmou que pedirá a
devolução. "Seria bom para o
Senado uma decisão global",
disse Mercadante (PT-SP).
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