DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Tarso Genro (Justiça) afirmou ontem que a ideia de controlar externamente a Polícia Federal, proposta pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, é "pertinente", mas ressaltou que o controle já existente sobre o órgão, a cargo do Ministério Público, é bastante "sóbrio".
Para Tarso, contudo, a ampliação do controle da PF depende de "uma reforma constitucional a respeito da matéria". "Tudo que dê mais segurança e transparência, e não simplesmente às polícias, mas ao Judiciário e ao Ministério Público, é muito bem-vindo", declarou.
Anteontem, em razão dos supostos excessos cometidos na Operação Satiagraha, o presidente do STF defendeu a criação de corregedorias na Justiça para haver controle externo do trabalho da polícia. Ele faz críticas desde a Operação Navalha, de 2007, quando falou da "espetacularização" do trabalho da PF e da existência de um "Estado policialesco".
Segundo Tarso, a democracia tem uma relação de controle circular. "Se não chegarmos a uma situação em que todos os Poderes têm um controle, nós vamos depois perguntar: quem controla os controladores?" Ele classificou como mais "candente" a reforma política.


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