NELSON DE SÁ
da Reportagem Local

O circo está na cidade, em São Paulo, com entradas ao vivo em quase toda a TV, da Cultura à Globo News.
É a CPI do Narcotráfico com suas conexões, como a que, diz a Globo, vai de Suriname a São Paulo, passando por Colômbia, Pará e Rio. Um trecho do que se ouvia ontem:
- Vemos aí um depoimento surpreendente. O encapuzado é o informante que, no Rio, entregou policiais de São Paulo. Sob o codinome "Laércio Cunha", ele está identificando os policiais cara a cara.
No show da CPI, o que não falta é codinome, de "Senhor X" a "Maria do Pó".
Além das apresentações ao vivo, a CPI, cujos sub-relatores no Estado são Robson Tuma (do PFL de Romeu Tuma) e Celso Russomano (do PPB de Paulo Maluf), "pressiona" o governador Mário Covas.

Do outro lado, neste ano eleitoral, as acusações a Celso Pitta e Paulo Maluf voltaram a ter prioridade na Globo.
O SPTV retomou a pressão para levar dois vereadores, de PTB e PMDB, a votar pelo impeachment. Vale tudo, de divulgar telefones a entrevistar líderes dos partidos.
Quanto a Maluf, ele foi manchete, sem Pitta, numa cuidadosa denúncia de propina em pleno Jornal Nacional.

Além de disputas palacianas, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional e o novíssimo ministro da Justiça estão às voltas com índios.
Alberto Cardoso estava na Bahia, tratando do assunto, quando voltou às pressas para Brasília. José Gregori nem tomou posse e já anunciou que FHC vai receber 12 índios num esforço de "distensão".
Deu só na Internet.

Enquanto FHC vai não vai para Porto Seguro, Pedro Malan viaja para Washington, para a nova reunião do FMI -e para as manifestações que prometem repetir Seattle.

E-mail: nelsonsa@uol.com.br


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