São Paulo, sexta-feira, 13 de abril de 2001 |
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PAINEL Duda lá Duda Mendonça deve fazer a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva a presidente da República. As negociações entre o marqueteiro baiano e o líder petista estão muito adiantadas. Outro palanque Lideranças do PT temem a repercussão interna da contratação. A imagem de Duda Mendonça ainda é muito identificada com o malufismo. O marqueteiro fez as campanhas eleitorais do ex-prefeito de 90 a 98. Trauma petista A cúpula do PT recebeu pesquisas de opinião revelando que a rejeição a Lula está caindo. "A rejeição é um mito. Não é uma barreira intransponível", avalia um cacique petista. Cadeira cativa Marco Maciel marcou pontos no PFL ao recusar-se a acompanhar FHC ao Canadá. Não quis deixar Aécio Neves (PSDB) na Presidência. A intenção do vice é liderar a sigla nas conversas para a formação da chapa oficial. Agenda privada A antecipação do debate sucessório na Fiesp, que elabora uma pauta de temas de interesse da indústria, reflete o sentimento do empresariado, que não tem mais grandes expectativas em relação ao governo FHC. Heroísmo fácil Paulo Magalhães (PFL) continua a vangloriar-se, na Bahia, da agressão a Maneca Muniz, autor de livro com acusações a ACM, seu tio. Só não revela que o escritor estava imobilizado. Campanha na base Celso Lafer (Relações Exteriores) fez piada sobre a declaração de FHC de que todos os ministros são candidatos. "Conto com o voto de vocês", disse, em evento do Instituto Rio Branco. Escalação oficial Enterrada a CPI da Sudam, os líderes do governo na Câmara têm outra preocupação: nomear deputados de confiança no comando das três CPIs que serão criadas até maio, evitando maior influência da oposição. Temas delicados As três CPIs irão investigar obras inacabadas, socorro aos bancos e intervenção no Banespa. Pelo regimento da Câmara, PSDB, PMDB e PFL irão comandar as comissões. Por um fio É delicada a situação de Henri Reichstul na presidência da Petrobras. O vazamento de ontem em Campos aumentou a pressão de ministros pedindo a FHC a demissão do executivo. Amigos e inimigos O ataque a Reichstul é liderado por Andrea Matarazzo (Comunicação de Governo), que tem interesse no cargo. Na outra ponta, Pedro Parente (Casa Civil), membro do conselho diretor da estatal, tenta defendê-lo. Rosas e espinhos Enquanto Jader Barbalho (PMDB) e ACM (PFL) trocam acusações, o Senado faz licitação para contratar uma empresa fornecedora de flores. Giro rápido O Ministério da Agricultura demitiu quarta-feira três diretores da Ceasa do Amazonas por descumprimento do código de ética. Faltou dizer que a empresa será dissolvida dia 19 e está sendo preparada para a privatização desde novembro último. Caminho livre O vice Newton Cardoso (MG) é o maior incentivador da candidatura Itamar Franco a presidente. Teme que o governador não consiga legenda no PMDB e decida disputar a reeleição. Garoto-propaganda Piada que circulou no almoço de ontem no Alvorada sobre a privatização de Furnas. Alcides Tápias (Desenvolvimento) pode vir a fazer campanha para a venda de Furnas ao consórcio VBC. Ele já trabalhou no Bradesco e na Camargo Corrêa. Só falta aposentar-se na Votorantim. TIROTEIO De José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da PM e pesquisador do Instituto Fernand Braudel, sobre Geraldo Alckmin ter colocado 300 policiais militares no Centro de SP: - A Polícia Militar não deve ser usada para marketing político. E a administração deveria colocar policiais nos principais focos de crime. CONTRAPONTO Presente explosivo
O petista José Eduardo Cardozo, atual presidente da Câmara
Municipal de São Paulo, ganhou
notoriedade quando presidiu a
CPI da Máfia da Propina. |
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