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Governador do Acre nega acusação
a Manaus e Rio Branco
O governador do Acre, Orleir
Cameli (sem partido), negou ontem que tenha comprado votos de
deputados para a emenda da reeleição. "Se ainda tivesse sido outro o acusador, a denúncia merecia ser investigada. Mas o Ronivon
todo mundo sabe que é louco, maluco, débil mental".
Cameli negou também a participação da empreiteira de sua família, a Marmud Cameli, na negociação. O governador declarou ainda
que pretende processar Ronivon
caso confirme as acusações.
Amazonino
O governador do Amazonas,
Amazonino Mendes (PFL), está
em viagem ao exterior. Ontem ele
estava na Ucrânia.
Durante a tarde, Amazonino estava em trânsito entre duas cidades do país. Ele viaja acompanhado dos secretários Ronaldo Tiradentes (Comunicações), Samuel
Hanan (Fazenda) e do deputado
Átila Lins (PFL-AM).
Amazonino só retornará ao Brasil no próximo dia 23. Seu coordenador de imprensa, Júlio César
Guimarães, disse que não podia
falar pelo governador. "Eu não estou sabendo de nada sobre esse assunto", afirmou.
Somente à noite seu coordenador de imprensa tentaria um contato telefônico com ele para obter
alguma declaração sobre o caso.
O governador em exercício do
Amazonas, Lupércio Ramos, disse
desconhecer "totalmente" o envolvimento de Amazonino na
compra de deputados.
"Confesso, pela pureza da minha alma, que jamais ouvi falar
nisso", afirmou Ramos, que é presidente da Assembléia Legislativa
do Amazonas. Ele ocupa interinamente o cargo porque o vice-governador, Alfredo Nascimento, é o
atual prefeito de Manaus.
Empreiteira
O empresário Eládio Cameli não
estava ontem em Manaus. Segundo os funcionários de sua empreiteira, a Marmud Cameli & Cia.
Ltda., ele estava em Cruzeiro do
Sul, no Acre, onde fica a sede da
empresa. Eládio é irmão do governador Orleir Cameli, do Acre. Entre 12h e 17h de ontem, a Folha telefonou nove vezes para o escritório de sua empresa e para sua casa,
em Cruzeiro do Sul. Na empresa, a
secretária dizia que ele tinha saído
para almoçar em casa.
A representação da Marmud em
Manaus foi aberta em 1995. Seu escritório está localizado em um
prédio da rua 24 de Maio, no centro da cidade. Na lista telefônica de
Manaus, o nome da empresa aparece escrito de duas formas diferentes. Existe a Marmud Cameli e
a Marmude Cameli. Embora haja
registros diferentes, como se fossem duas empresas distintas, ocupam o mesmo local. Marmud é o
nome do pai de Eládio e Orleir.
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