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ESQUELETO DO BC
Banqueiro diz que sabia que podia recorrer ao Banco Central
Depoentes reforçam defesa de banco
DA SUCURSAL DO RIO
Os dois depoimentos prestados
ontem à Justiça Federal no processo do socorro do BC (Banco
Central) aos bancos Marka e FonteCindam, na desvalorização do
real, reforçaram argumentos da
defesa do FonteCindam.
Prestaram depoimentos o banqueiro André Esteves, do Pactual,
e José Luís Silveira Miranda, presidente do Boavista em janeiro de
1999, quando da mudança cambial. Foram interrogados pela juíza Ana Paula de Carvalho, da 6ª
Vara Federal do Rio.
Silveira Miranda, que no primeiro depoimento havia dito que
não sabia que poderia recorrer ao
BC para comprar dólares no mercado futuro, como fez o FonteCindam, disse ontem que só não o
fez para não passar ao mercado
uma imagem de fragilidade.
André Esteves disse que é normal uma instituição financeira
entrar em contato com o BC por
telefone para relatar problemas
de falta de liquidez no mercado.
"Isso desmoraliza um veneno
da acusação", disse o advogado
Técio Lins e Silva, sobre o telefonema dado por seu cliente, Luiz
Antonio Gonçalves, presidente do
FonteCindam, a Francisco Lopes,
à época presidente do BC, para
acertar a compra de dólares.
Para o Ministério Público Federal, os dois depoimentos foram
importantes para a acusação. O
socorro do BC ao Marka e ao FonteCindam deu um prejuízo de R$
1,6 bilhão aos cofres públicos.
Para a procuradora Raquel
Branquinho, os depoimentos reforçaram a acusação de gestão temerária contra o FonteCindam.
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