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JANIO DE FREITAS
Atrás das verdades
A possibilidade de que o
Congresso afinal investigue
as verdades encobertas do Sistema de Vigilância da Amazônia
-o Sivam que custou mais de
R$ 4,2 bilhões- está aberta por
um requerimento de CPI, já em
fase de coleta de assinaturas, de
autoria do deputado José Aristodemo Pinotti.
O objetivo prioritário da investigação proposta é a inexistência de sigilo das informações
coletadas pelo Sivam, as quais
estão ao alcance da empresa
norte-americana Raytheon para o uso, comercial ou militar, a
seu critério. O que, como foi observado aqui, tem óbvias implicações na proteção da riqueza
da Amazônia e na própria soberania nacional.
Já está bem conhecido o empenho do governo em impedir a
investigação parlamentar de lavagem de dinheiro, corrupção e
fraudes, todas denunciadas pelo
antigo PT. Por esta lógica da antiética, também a CPI do Sivam
seria vetada, reproduzindo-se,
mais uma vez, atitude do governo Fernando Henrique, quando
se tratava de investigar a concorrência fraudulenta que deu a
"vitória" à Raytheon para vender os equipamentos e montar o
sistema na Amazônia.
Há, porém, uma distinção.
Não vem do antigo PT nem
mesmo de um petista a revelação a ser investigada. Seu autor
é ministro do atual governo. Foi
o general Jorge Armando Felix,
ministro do Gabinete de Segurança Institucional, quem revelou a insegurança nacional criada pelo Sivam.
Não ficaria bem o governo vetar o desdobramento da revelação de um ministro e, além disso, general. Ah, perdão, isso seria em conformidade com a lógica da ética.
Os ex
O líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino, não pôde esconder o abalo com a vaia e os insultos recebidos na manifestação do funcionalismo em Brasília: "Foi a primeira vez em 18
anos" [de atividade pública].
Nelson Pellegrino e os seus
correligionários do novo PT não
devem se preocupar com as
vaias dos ex-companheiros. Logo vão se habituar.
Campanha
Não se iluda, a mudança no
cálculo de aumento das contas
telefônicas só vigorará, se chegar a isso, em 2006.
Há cerca de 5 milhões de linhas disponíveis para telefones
fixos. Mas as telefônicas preferem cobrar os preços atuais, dos
mais altos do mundo, a torná-los mais aceitáveis e ganhar o
mesmo ou mais na quantidade
de assinantes.
E o Ministério das Comunicações só pensa em 2006, ano de
eleição.
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