DA SUCURSAL DO RIO

A tendência de envelhecimento da população deve elevar não apenas os gastos do país com a Previdência Social, mas também os gastos com saúde pública.
A população com mais de 60 anos, que em 2001 representava 9,1% do total, deve chegar a 16% em 2030, segundo estimativas do IBGE. O inverso deverá ocorrer entre a população de 0 a 14 anos, que representava 28,5% em 2001 e deve cair para 21,5% em 2030.
A mudança demográfica terá impacto nos custos da saúde pública. Segundo dados divulgados ontem, na Síntese de Indicadores Sociais, o custo médio com a internação de uma pessoa com 60 anos ou mais é de R$ 603,78. Entre a população de 0 a 14 anos, esse custo é de R$ 388,63.
O número de acidentes por causas externas é outro fator que vem elevando os gastos com saúde no Brasil. Os principais acidentes por causas externas são homicídios, acidentes de trânsito e suicídios.
O gasto com internações hospitalares por causas externas representa 11% do total de gastos públicos com internações no Brasil. Mas essa proporção é maior entre os jovens, os mais afetados pela violência. Na faixa de 15 a 19 anos, as internações por causas externas consomem 28,5% dos gastos com internações. De 20 a 29 anos, essa proporção é de 25,4%.

Mortalidade
No ranking de mortalidade por causas externas, o Rio de Janeiro é o Estado onde a população jovem está mais exposta, com uma taxa de mortalidade por causas externas na população de 15 a 29 anos de 285 por grupo de 100 mil habitantes. A menor taxa está no Maranhão (63,6 por 100 mil). Muitos Estados do Norte e do Nordeste, porém, têm um percentual elevado de mortes subnotificadas ou mal definidas, o que prejudica a comparação. (ANTÔNIO GOIS)


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