FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro Márcio Fortes de Almeida foi o primeiro alvo de suspeitas no alto escalão do governo Lula, ainda no início do primeiro mandato. Ele assumiu a secretaria-executiva do Ministério do Desenvolvimento sendo investigado pelo Ministério Público Federal e pela Controladoria Geral da União por suspeita de irregularidades em contratos que firmou no governo Fernando Henrique Cardoso, no mesmo cargo, na pasta da Agricultura.
A Folha revelou em fevereiro de 2003 como a administração petista blindou o ministro, que servira aos governos Médici, Collor e FHC.
Fortes fora acusado de ter direcionado a contratação de uma empresa de informática, pagando em duplicidade serviços desnecessários. A CGU não acatou decisão do então ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que excluíra a responsabilidade de Fortes, porque isso "contrariava as provas dos autos". Um forte jogo de empurra travou a investigação administrativa.
Fortes sustentou que mandara investigar as irregularidades. O Tribunal de Contas da União, sem acolher as recomendações da área técnica, o isentou e determinou o arquivamento do processo.


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