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Brasil reduz tráfico humano, dizem EUA
Levantamento sustenta que trabalho escravo, turismo sexual e prostituição infantil ainda preocupam
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
O Brasil foi retirado da "lista
de observação" na sétima edição do "Relatório de Tráfico
Humano", levantamento anual
do Departamento de Estado
norte-americano. O país chegou a ser citado pela secretária
Condoleezza Rice como um
dos que realizaram "grandes
melhorias" nesse setor.
O relatório é dividido em
quatro categorias, crescentes
conforme o esforço e os resultados obtidos pelos 105 países
avaliados no combate ao tráfico
humano. Na América Latina,
além do Brasil, foram "promovidos" Belize, Bolívia, Jamaica
e Peru; caíram para a condição
de "observação" a Argentina e o
México; Venezuela e Cuba, antagonistas políticos dos EUA,
continuam na pior colocação.
Apesar da melhoria em relação a 2006, o trabalho escravo,
o turismo sexual e a prostituição infantil ainda preocupam:
"Cerca de 25 mil vítimas, a
maioria de homens, são traficadas internamente para realizar
trabalho forçado no campo,
principalmente na Amazônia e
no Mato Grosso". O texto estima em meio milhão o número
de menores prostituídos. Um
dos destaques do relatório são
as denúncias de trabalho escravo na confecção do carvão usado na fabricação do ferro-gusa.
A Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça
disse que não comentaria o relatório por se tratar de um documento feito unilateralmente.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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