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PLANALTO
Justiça quer mais provas
Polícia Federal retoma hoje caso Waldomiro
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal retoma hoje as
apurações sobre Waldomiro Diniz, ex-assessor do ministro José
Dirceu (Casa Civil) flagrado em
vídeo pedindo propina ao empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O inquérito teve breve vida útil, de 13
de fevereiro até o dia 3 de abril.
O caso voltou para a PF em 25
de junho, quando a Justiça Federal rejeitou denúncia feita pelo
Ministério Público em 29 de março. Nesse período, o juiz Cloves de
Siqueira, da 10ª Vara Federal em
Brasília, ouviu a defesa dos envolvidos. Ao fim dos depoimentos,
decidiu entregar a documentação
à PF para obtenção de mais prova.
Segundo o Ministério Público,
Waldomiro cometeu corrupção
passiva, extorsão no cargo de funcionário público e impôs prejuízo
à Caixa Econômica Federal em
seu contrato com a multinacional
GTech, na área de loterias. O atual
presidente da Caixa, Jorge Mattoso, e os executivos Antonio Carlos
Lino da Rocha e Marcelo Rovai,
que negociaram pela GTech, também foram denunciados.
Segundo o Ministério Público,
Waldomiro exigiu da GTech a
contratação do consultor Rogério
Buratti como contrapartida para
a renovação do contrato com a
Caixa. O contato de Waldomiro
com a multinacional teria sido intermediado por Cachoeira. Ambos foram denunciados.
A atuação de Buratti na renegociação Caixa-GTech é a principal
lacuna a ser preenchida pelo delegado Antônio César Nunes, que
reassume o inquérito hoje.
Não foi investigada pela PF ainda a ramificação política do caso.
No vídeo, Waldomiro pede dinheiro para a campanha de Rosinha Matheus (PMDB) e Benedita
da Silva (PT) ao governo do Rio.
Ambas negam. O caso veio à tona
em 13 de fevereiro deste ano.
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