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RIO DE JANEIRO
Conde e César Maia querem se mostrar como técnicos; Brizola e Benedita se apresentarão como oposição ao governo FHC
Candidatos buscam definir perfil na TV
ANTONIO CARLOS DE FARIA
DA SUCURSAL DO RIO
Os quatro candidatos mais bem
cotados nas pesquisas para a Prefeitura do Rio começam o horário
gratuito divididos entre os que
disputam um perfil técnico -Cesar Maia e Luiz Paulo Conde- e
os que se identificam como oposição ao governo federal -Benedita da Silva e Leonel Brizola.
Todos acreditam que a campanha, principalmente na TV, causará mudanças no quadro atual
das intenções de voto.
O candidato tucano, Ronaldo
Cezar Coelho, terá a árdua tarefa
de se tornar conhecido e ao mesmo tempo defender FHCardoso
no Rio, onde ele tem a pior avaliação no país -46% de ruim ou
péssimo, segundo o Datafolha.
Conde (PFL), que tenta a reeleição, acredita que a campanha é
antes de tudo um processo plebiscitário. A partir dessa análise, sua
propaganda na TV destacará as
obras que realizou no primeiro
mandato e enfatizará que só a reeleição garante a continuidade ou a
implementação de idéias que ainda não foram realizadas.
Cesar Maia, hoje no PTB, costuma dizer que "o horário eleitoral é
irrigação, enquanto a campanha
de rua é semeadura". Ele é o candidato que há mais tempo iniciou
a campanha. Em agosto de 1999,
começou uma rotina de visitas a
bairros, nas quais, metódico como sempre, contabiliza mais de
90 mil apertos de mão.
Benedita da Silva (PT), com o
slogan "a prefeita do povo", destacará a própria história de vida,
mostrando a origem humilde e o
fato de ser a única mulher na disputa. Os petistas pretendem apresentar depoimentos de lideranças
nacionais, como Lula ou José Dirceu, para tentar fazer com que a
candidata tenha acesso ao eleitorado da classe média politizada.
A oposição a FHC será o mote
no programa de Brizola (PDT),
que, devido ao tempo reduzido,
terá uma edição em ritmo de videoclipe, com pronunciamentos
curtos, entremeados com depoimentos de eleitores anônimos,
que mandarão recados a FHC.
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