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BAHIA
Propaganda na TV do candidato do partido, Nelson Pellegrino, insinua comparação entre ACM e Adolf Hitler, Benito Mussolini, Augusto Pinochet e Paulo César Farias
PT usa imagem de Hitler na campanha
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Em meio à tranquilidade que
marca a sucessão municipal em
Salvador, o PT colocou no ar um
anúncio insinuando uma comparação entre o senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL) e os ditadores Adolf Hitler (Alemanha),
Benito Mussolini (Itália) e Augusto Pinochet (Chile). Com a propaganda, o PT espera reverter a ampla vantagem de Antonio Imbassahy (PFL) sobre o candidato do
partido, Nelson Pellegrino.
Pesquisa Datafolha feita no dia 5
aponta o prefeito pefelista com
54% da preferência. Já o deputado
federal petista vem isolado no segundo lugar, com 23%.
O anúncio do PT não cita em
nenhum momento o nome de
ACM. Publicitários responsáveis
pela campanha informaram que a
estratégia foi usada para evitar a
concessão de direito de resposta
ao senador, principal cabo eleitoral de Imbassahy.
O anúncio começa com um locutor lendo, com voz grave, os adjetivos "truculento, chantagista,
vingativo e ganancioso". Em seguida, o locutor pergunta: "Quem
é esse homem que faz qualquer
coisa pelo poder?"
O mesmo locutor dá algumas
alternativas para a resposta. "Não
é Hitler, mas usa da mesma propaganda nazista para encobrir a
verdade", diz o anúncio. "Não é
Mussolini, mas usa dos mesmos
métodos fascistas para reprimir
quem não está ao seu lado." Neste
momento, a propaganda do PT
apresenta imagens do ""Duce" e
do confronto entre policiais militares e manifestantes, no dia 22 de
abril, em Porto Seguro (BA).
O anúncio petista também faz
referência à ligação entre ACM e o
ex-presidente Fernando Collor de
Mello. "Não é PC (o tesoureiro
Paulo César Farias, morto em 96),
mas fez questão de apoiar Collor
até o fim." ACM foi contra o impeachment de Collor em 92.
No final, o comercial eleitoral cita dois políticos da América do
Sul. "Não é Fujimori (presidente
do Peru), mas frauda as eleições
para manter seu grupo no poder."
Segundo as oposições baianas, o
grupo político comandado pelo
senador teria fraudado as últimas
eleições para o Senado na Bahia.
O comercial cita então Pinochet, que comandou o Chile com
mão-de-ferro entre 73 e 90. "Não
é Pinochet, mas esteve com a ditadura, apoiou a tortura e está com
os dias contados."
O texto termina pedindo votos
para Pellegrino. "O povo baiano
não aceita mais senhores de escravos. A Bahia que ama sua história,
de cabeça erguida, vai votar com
independência."
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