DA REPORTAGEM LOCAL

Como contra-ataque a uma eventual atribuição de responsabilidade ao PT pela crise na segurança no Rio, o comando de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usará como estratégia a nacionalização do debate, acusando o governo Fernando Henrique Cardoso de omissão no setor.
Ontem, o presidente nacional do PT, José Dirceu, já procurou repartir o ônus da rebelião em Bangu 1 com o governo federal e com o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PSB).
"É evidente que o ex-governador Garotinho tem responsabilidade, assim como o governo federal. O governo Benedita também, não negamos isso", disse Dirceu, em entrevista pela internet. Segundo ele, "a atual política [do governo federal] faz com que o crime organizado se sinta impune".
"É preciso o governo federal assumir essa questão. Nós, no governo, vamos enfrentar o Estado paralelo", disse Dirceu, reconhecendo timidamente as falhas de segurança que permitiram a Fernandinho Beira-Mar e aliados terem acesso a armas, invadirem os pavilhões de inimigos, dominarem reféns e matarem inimigos.



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