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OUTRO LADO
Em carta, Otero diz ser vítima de macarthismo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em carta enviada ao ministro da Fazenda, Pedro
Malan, datada de 10 de outubro, Sérgio de Otero Ribeiro
afirma que o relatório sobre
sua gestão teria utilizado
"frases e expressões que, lidas fora de contexto, mantêm no ar suspeitas -objetivamente não corroboradas- sobre a minha isenção
como gestor do Serpro".
O presidente afastado do
Serpro se considera um perseguido. Segundo ele, a ""distorção" no relatório "se ajusta ao ambiente macarthista
que se busca instaurar contra o governo".
A afirmação é uma referência à campanha de perseguição política desencadeada nos Estados Unidos pelo
senador Joseph Raymond
MacCarthy (1909-1957) contra pessoas acusadas de defender o comunismo durante a chamada Guerra Fria.
O presidente afastado do
Sepro afirma ainda ter constatado "com satisfação que
não existem no relatório referências a ilicitudes ou irregularidades de qualquer ato
de gestão".
Em seguida, Otero passa a
enumerar os resultados alcançados pelo Serpro sob
seu comando, que não teriam sido tratados no relatório da comissão constituída
para investigá-lo.
Cita como exemplo a expansão do Siafi (sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais), as
declarações do Imposto de
Renda pela Internet, além da
implantação do Siscomex
(Sistema Integrado de Comércio Exterior).
Otero afirma não haver
provas de que sua atuação
teria sido influenciada pelas
atividades profissionais de
sua mulher, Rosane Rodrigues Batista.
Procurado pela Folha, que
deixou recado no seu telefone celular, Otero não respondeu aos telefonemas da
reportagem até a conclusão
desta edição.
Rosane Batista foi localizada e disse que "depois" ligaria para a Folha, mas até o
fechamento desta edição ela
não fez o contato prometido
anteriormente.
A assessoria da Prolan
também não respondeu à
mensagem deixada pela Folha em telefone celular.
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