São Paulo, domingo, 13 de outubro de 2002

Próximo Texto | Índice

PAINEL

Remédio eleitoral
O PT deve anunciar "medidas" nesta semana para acalmar o mercado financeiro e evitar nova onda de "terrorismo econômico" contra a candidatura de Lula. Teme-se que o dólar suba ainda mais no dia 17, quando vencem mais de US$ 5 bi em títulos do Brasil no exterior.

Na frente dos bois
Uma das medidas estudadas pelo PT é divulgar os nomes do presidente do Banco Central e do ministro da Fazenda em eventual governo Lula. O candidato, no entanto, não gosta muito da idéia. Acha que pode passar a impressão de que se sentou na cadeira antes do tempo.

Segunda edição
Outra proposta em discussão no comando da campanha de Lula é a de que o candidato faça um novo pronunciamento à nação. A fim de reforçar seu compromisso com a estabilidade.

Toda hora é hora
Eduardo Suplicy (PT-SP) visitou Roseana Sarney no hospital e deu a ela um exemplar de seu livro sobre renda mínima.

Saída capixaba
Governador eleito do ES, Paulo Hartung (PSB) recebeu de Miguel Arraes autorização para ficar neutro na sucessão de FHC. O partido vai de Lula na fase final. Quando é questionado por jornalistas se ele é Lula ou Serra, Hartung responde, com ar ingênuo: "Sou o Paulo Hartung".

Racha socialista
O PSB decidiu liberar seus diretórios regionais nas campanhas nos Estados. O de SP se reunirá na segunda, mas tende a apoiar Geraldo Alckmin. Dos deputados eleitos, entre federais e estaduais, apenas Luiza Erundina defende José Genoino.

Novo turno
Alckmin procurou deputados malufistas pedindo apoio no segundo turno. Foi bem recebido por muitos -pelos mesmos que até outro dia, quando Paulo Maluf ainda era expectativa de poder, se referiam ao tucano com adjetivos nada delicados.

Calor cearense
Tasso Jereissati (PSDB) foi eleito senador, mas teve uma surpreendente derrota em plena Fortaleza (CE). O candidato Mário Mamede (PT) bateu o ex-governador por 25,5% a 22,7% dos votos válidos na cidade.

Queda-de-braço
FHC orientou Serra a continuar a exigir publicamente a presença de Lula nos três debates previstos pelas emissoras de TV. Para o presidente, o tucano terá chance de vencer a eleição se conseguir "desconstruir" o petista em rede nacional. Lula diz que vai a apenas um.

Tarefa de casa
Serra pediu aos candidatos do PSDB que participem de todos os debates no segundo turno. Para que Lula não contra-argumente com exemplos tucanos (como o de Aécio Neves, que se recusou a debater na TV no primeiro turno na eleição de MG).

Dono da bola
O PMDB não gostou de saber que o PSDB de José Serra prometeu cargos para outros partidos que apoiarem o tucano. Aliados de primeira hora, queriam tratamento preferencial.

Duplo sentido
O PPS decidiu apoiar Lula, mas os diretórios do Rio e do RS irão no caminho contrário. Pregarão voto em Serra.

Maldade virtual
Piada que corre nos órgãos públicos de Brasília, após as denúncias de envolvimento do governador Joaquim Roriz (PMDB-DF) com grileiros. O peemedebista, candidato à reeleição, está com novo site na internet: roriz@terra.df.

Praga baiana
Cinco deputados deixaram o PFL de ACM no ano passado rumo ao PMDB: Leur Lomanto, Benito Gama, Jonival Lucas, Roland Lavigne e José Lourenço. O cacique baiano prometeu que faria de tudo para que eles não fossem reeleitos. Apenas Lucas conseguiu manter seu mandato.

TIROTEIO

Do empresário Lawrence Pih, que apóia Lula, sobre o apoio de Ermírio de Moraes a Serra:
- Se eu fosse um grande devedor do BNDES e tivesse concessões de minérios, talvez também nutrisse fortes emoções pelo establishment/Serra.

CONTRAPONTO

Falha datilográfica

No Natal de 1989, os ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e suas mulheres se reuniram no salão de festas do bloco A da quadra 316 Sul de Brasília para o tradicional encontro de confraternização de final de ano.
Na época, ocupava uma das vagas de ministros togados do TST José Ajuricaba, que depois se tornou presidente do tribunal. Os amigos de Ajuricaba brincam dizendo que ele tem memória igual à do ex-governador de São Paulo Franco Montoro -que eventualmente acabava trocando nomes e datas.
Na festa, estavam presentes o ministro Hylo Gurgel e sua mulher Olivetti (com grafia idêntica à da fabricante de máquinas de escrever). Ajuricaba foi encarregado de entregar o presente ao casal. Ao cumprimentar Olivetti, o ministro proclamou:
- Feliz Natal, dona Remington...


Próximo Texto: Sombra no tucanato: Alckmin proíbe ações do Estado contra Goro Hama
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.