São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 2002 |
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PAINEL Apertar o nó Além de prorrogar a alíquota de 27,5% do Imposto de Renda, o PT estuda agora suprimir um benefício fiscal que favorece grandes empresas. Cálculos do partido indicam que a proposta, aprovada ontem pela bancada petista, poderia gerar R$ 3,6 bilhões a mais de receita anual. Multiplicar e dividir O PT queria, inicialmente, voltar o IR para 25% e tentar substituir a perda de receita com a extinção do benefício fiscal. Mas, como a ordem agora é "somar recursos" por um salário mínimo maior, as duas fontes de arrecadação poderão coexistir. Troca-troca O PFL assedia os três senadores do PL para que não sigam o acordo entre PT e PMDB e votem em Marco Maciel (PFL) para a presidência do Senado. Em troca, oferece o comando de uma comissão permanente e relatorias de projetos importantes. Noiva difícil O deputado Bispo Rodrigues (RJ), líder do PL, aconselha os senadores a conversar com todos os partidos, mas não fechar nada antes de falar com o PT. "Vocês podem namorar com todo mundo, beijar à vontade, mas não é para casar com ninguém ainda", recomendou. Canto da sereia Renan Calheiros (PMDB) tem procurado senadores para propor um "acordão" que garanta a eleição de um político do partido para a presidência do Senado -ele. Em contrapartida, a sigla oferece cargos na Mesa. Quer desestabilizar a pré-candidatura de José Sarney (PMDB-AP). Aparar arestas José Dirceu (PT) tenta apaziguar parte da base aliada que reagiu ao pacto feito pela sigla com o PMDB para a eleição do Senado. Marcou para hoje conversa com Jefferson Péres (PDT-AM), que ensaiara rebelião com apoio de Leonel Brizola (RJ). Cartas para Harvard Mangabeira Unger, ex-guru de Ciro que se desfiliou do PPS, quer criar um novo partido de centro-esquerda. Ele procura interessados na idéia. Espaçoso é apelido A cúpula do PMDB já reclamou ao PT do encontro de Lula com o senador eleito ACM, maior inimigo do grupo. Consenso mínimo Lula tem em mãos uma lista de pelo menos 60 "ministeriáveis" formada por políticos de partidos aliados e representantes da sociedade civil. Ele escolherá os cerca de 20 ministros levando em conta critérios partidários, regionais, de raça e de gênero. Os nomes serão divulgados em conjunto no início de dezembro. DNA ministerial A maior parte da lista é de políticos homens que atuam em SP e são filiados ao PT, como Mercadante, Palocci, José Dirceu, José Genoino, Luiz Gushiken e José Graziano. Para evitar problemas, Lula deve reduzir o número de "paulistas" e chamar pessoas de outras regiões e siglas. Tarde demais A Executiva Nacional do PSB, reunida hoje em Brasília, deverá pedir intervenção nos diretórios do Ceará e do Distrito Federal. A cúpula diz que nesses Estados os dirigentes partidários não se empenharam em favor da candidatura de Garotinho (RJ). Epílogo marqueteiro Os marqueteiros Duda Mendonça, Nizan Guanaes e Fernando Barros receberão a Comenda de Cavaleiros do Estado da Bahia, a maior condecoração do governo baiano. Será o primeiro encontro público entre os publicitários de Serra e de Lula após as trocas de farpas na eleição. Visita à Folha Raul Wassermann, presidente da CBL (Câmara Brasileira do Livro), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de José Henrique Grossi, vice-presidente da CBL, de Felipe Lindoso, diretor de Relações Institucionais, e de Lu Fernandes e Ivani Cardoso, assessoras de imprensa. TIROTEIO Da senadora Heloísa Helena (PT-AL), que é professora de estatística, sobre as chances de dar certo o pacto do PMDB com o PT para a eleição no Senado: - O desvio padrão do coeficiente de "trairagem" [traição] só será conhecido após a abertura das urnas. CONTRAPONTO Vencido pelo cansaço
O presidente do PL, Valdemar
Costa Neto, esteve em Goiânia
na semana passada para tentar
atrair parlamentares ao partido. |
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