São Paulo, terça-feira, 13 de novembro de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

"Buraco negro"

Manchete do "Wall Street Journal", "Investidores temem que crescimento não possa reanimar ações". Crescimento, no caso, é o "boom global" e dos Brics em especial que "reassegurou o investidor" no início da crise do crédito, três meses atrás. A reportagem se baseou num economista-chefe em particular, que previu crescimento menor de China, Índia e Brasil.
Ato contínuo, as bolsas viveram turbulência -e, na manchete do site do "Financial Times", "Blackstone fala em "buraco negro" da crise de crédito". Blackstone que foi dos grupos financeiros mais atingidos, ontem.
Aqui, à noite, na escalada de manchetes do "Jornal Nacional", "Bolsa tem maior queda desde fevereiro".

SOBE-E-DESCE

Tem mais, das bolsas. No "Telegraph", depois Market Watch e outros, espalhou-se a notícia de que o Goldman Sachs, que cunhou o acrônimo Brics e é referência global, avisou em "série de notas aos clientes nos últimos dias" sobre a redução de aplicações nos emergentes. E vendeu as posições por aqui, "esperando recomprar mais tarde". Diz que, como outros, o real está sobrevalorizado em 28%.

CONFIANÇA
O "FT" deu que pesquisa apontou queda na confiança dos empresários europeus, que temem desaquecimento.
"Em contraste, a confiança corporativa no Brasil, Rússia, Índia e China, os Brics, está no céu." Na Europa está em 35%. China, 63%. Brasil, 81%.
Para o autor da "aguardada" pesquisa, os dados apontam mais "oportunidades", aqui.

NORTE E SUL
Sob o título "O Blackstone do Brasil -e com acionistas felizes", o "WSJ" perfilou o brasileiro GP Investimentos. Diz que o grupo americano devia "considerar aulas de português", pois "poderia aprender uma coisa ou duas".
"O que permitiu à firma de 15 anos fazer sombra à irmã maior do Norte", diz o texto, é que "o Brasil vive um boom".

VALE E AS OUTRAS

Para Lauro Jardim, da "Veja", Lula está "descontente" com a Vale, que "escalpela o Pará e dá pouco em troca", investindo antes no exterior. Vale que recebeu um perfil simpático à "gigante mundial", ontem no "Le Monde".
Mas as rivais globais da Vale, Rio Tinto e BHP Billiton, podem se unir, na negociação que vem ocupando toda a cobertura há dias. E, destaca a Reuters, podem "aumentar a concorrência com a Vale no Brasil". A "Forbes", falando do "boom" da mineração no Brasil, sublinhou ontem que a concorrência já está "acelerando a produção" por aqui.

OLHAR ESTRANGEIRO

"Independent" e outros dão que pesquisa do Conselho Britânico em dez países, inclusive Brasil, EUA e China, mostrou que os jovens britânicos de 11 a 16 anos são os menos propensos a buscar "entender eventos do mundo". Contra 69% dos brasileiros que se dispõe a tal "esforço", os britânicos não passaram de 28%. Os americanos, 30%.
A BBC Brasil destacou da pesquisa que parte vê o Brasil como um "destaque" entre as nações na próxima década.

A SINAGOGA

Reuters


Do "Haaretz" ao "Washington Post", ecoa uma reportagem de Raymond Colitt, da Reuters, sobre "a mais antiga sinagoga das Américas", na cidade de Recife. Estudos em Pernambuco "desafiam o estereótipo de que a cultura é baseada na tríade de portugueses, índios e africanos".

A REVISTA

anba.com.br


A agência Brasil-Árabe noticiou o lançamento da "Evidências", cuja "intenção é mostrar ao leitor sem distorções a mensagem primordial do islamismo, que é de paz e entendimento". Vai buscar "um contraponto ao noticiário no qual os muçulmanos estão sempre ligados a atos violentos".


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