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Ministério Público tenta impedir a diplomação de Juvenil na 2ª
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O Ministério Público Eleitoral recorreu ontem à corte do
TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Minas Gerais contra a
decisão do juiz Gutemberg da
Mota e Silva, que devolveu ao
deputado eleito do PT Juvenil
Alves o direito de ser diplomado na próxima segunda.
Hoje ou amanhã o recurso
(agravo regimental com pedido
de liminar e ou tutela antecipada) deverá ser julgado pela corte, que, no último domingo, rejeitou por unanimidade as contas de Juvenil, classificadas como "obra de ficção".
O caso de Juvenil é inédito na
Justiça Eleitoral brasileira.
Não há outro em que, antes
mesmo do julgamento da prestação de contas, a Justiça tenha
recebido documentos que comprovariam o caixa dois -inclusive escutas telefônicas feitas
pela PF autorizadas pelo Poder
Judiciário. Em uma das escutas, ele disse ter gastado R$ 5
milhões, sendo que declarou
gastos de R$ 415,2 mil.
Ao devolver anteontem a Juvenil o direito à diplomação, o
juiz Mota e Silva alegou que ela
não pode ser negada enquanto
o processo não transitar por todas as instâncias da Justiça
Eleitoral. Para o MPE, não está
em discussão, por enquanto, a
inelegibilidade, apenas a suspensão ou cassação do diploma,
baseado nos fatos que levaram
a corte do TRE a considerar as
contas uma "obra de ficção".
Se for diplomado, Juvenil terá direito a foro privilegiado.
Ele é acusado de ser "mentor e
executor" de um esquema para
blindar patrimônio de empresas devedoras de tributos, que
somariam R$ 1 bilhão.
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