da Reportagem Local

O governador reeleito de São Paulo, Mário Covas (PSDB), 68, será submetido amanhã a uma cirurgia para retirada de um tumor maligno na bexiga. Covas está internado desde o dia 3 no Incor. Uma endoscopia transuretral (introdução de tubo pela uretra) feita para remoção de um tumor benigno na próstata revelou que o governador tem um tumor maligno infiltrativo (penetra no tecido muscular) de nível três na bexiga.
Na cirurgia, chamada cistoprotatectomia radical, serão retirados a bexiga, próstata, vesículas seminais (depósitos de esperma) e gânglios linfáticos (estruturas responsáveis por parte do sistema de defesa do corpo).
Todos exames mostram que o câncer não se espalhou. No entanto, na cirurgia ainda serão examinados os gânglios linfáticos e pedaços dos ureteres (que conduzem a urina para a bexiga).
Além disso, os médicos deverão fazer uma nova bexiga com partes do intestino. Assim, Covas poderá urinar naturalmente, com poucas chances (cerca de 10%) de ter incontinência urinária.
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Três alternativas Caso não seja possível a reconstrução da bexiga, existem três alternativas para derivação da urina: implantação de uma bolsa interna que é esvaziada por meio de uma sonda; uma bolsa plástica externa esvaziada manualmente ou ligação direta dos ureteres ao intestino.
A recuperação pode levar até 45 dias. Após a operação, o governador deverá ficar dois dias na Unidade de Terapia Intensiva por precaução.
Ontem, Covas começou a receber uma dieta especial para prepará-lo para a cirurgia, que deve começar por volta das 9h30 e ter duração mínima de seis horas.



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