São Paulo, quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

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Outro lado

Professor defende cartão para controlar gasto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Decano de finanças da UnB (Universidade de Brasília), o professor Pedro Murrieta defendeu o uso dos cartões corporativos como forma mais transparente e passível de maior controle para as despesas urgentes da universidade.
"O fato de você estar usando mais ou menos [os cartões] não é necessariamente mau ou bom. O objetivo não é reduzir [os gastos com os cartões], é ter o uso adequado, de acordo com as necessidades. E em termos de controle de gastos, o cartão foi um avanço", disse Murrieta.
O professor reconheceu que, eventualmente, podem ocorrer irregularidades no uso dos cartões por parte dos funcionários, mas não comentou os gastos em estabelecimentos de alto padrão e a compra realizada na Feira dos Importados.
A Folha enviou por e-mail detalhes desses gastos, extraídos do Portal da Transparência, mas até o fechamento desta edição não obteve da universidade explicação para os gastos.
Sobre o caso do professor Frederic Adelin, que realizou 46 saques de R$ 1.000 em caixas eletrônicos, Murrieta disse que se trata de um caso excepcional em que os saques são justificados.
Segundo o decano, Adelin trabalha em uma pesquisa em área de floresta, no Pará, distante dez horas de barco de Santarém, a cidade de maior porte mais próxima. Por isso, disse, foram necessárias seguidas retiradas de R$ 1.000 (limite por saque), usados para custear despesas como alimentação e transporte de sua equipe.
A assessoria de imprensa da Unifesp informou que o uso dos cartões corporativos pela instituição foi suspenso após as denúncias envolvendo o ex-reitor, Ulysses Fagundes Neto.
"Em virtude da constatação de que ainda existiam dúvidas sobre as regras para uso do cartão -e para evitar novos usos que pudessem ser questionados-, houve recomendação no sentido de que se interrompesse a utilização do instrumento, ainda que isso implicasse em maior lentidão nos processos de compra", diz em nota.


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