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Outro lado
Professor defende cartão para controlar gasto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Decano de finanças da UnB
(Universidade de Brasília), o
professor Pedro Murrieta defendeu o uso dos cartões corporativos como forma mais transparente e passível de maior
controle para as despesas urgentes da universidade.
"O fato de você estar usando
mais ou menos [os cartões] não
é necessariamente mau ou
bom. O objetivo não é reduzir
[os gastos com os cartões], é ter
o uso adequado, de acordo com
as necessidades. E em termos
de controle de gastos, o cartão
foi um avanço", disse Murrieta.
O professor reconheceu que,
eventualmente, podem ocorrer
irregularidades no uso dos cartões por parte dos funcionários,
mas não comentou os gastos
em estabelecimentos de alto
padrão e a compra realizada na
Feira dos Importados.
A Folha enviou por e-mail
detalhes desses gastos, extraídos do Portal da Transparência, mas até o fechamento desta
edição não obteve da universidade explicação para os gastos.
Sobre o caso do professor
Frederic Adelin, que realizou
46 saques de R$ 1.000 em caixas eletrônicos, Murrieta disse
que se trata de um caso excepcional em que os saques são
justificados.
Segundo o decano, Adelin
trabalha em uma pesquisa em
área de floresta, no Pará, distante dez horas de barco de
Santarém, a cidade de maior
porte mais próxima. Por isso,
disse, foram necessárias seguidas retiradas de R$ 1.000 (limite por saque), usados para custear despesas como alimentação e transporte de sua equipe.
A assessoria de imprensa da
Unifesp informou que o uso
dos cartões corporativos pela
instituição foi suspenso após as
denúncias envolvendo o ex-reitor, Ulysses Fagundes Neto.
"Em virtude da constatação
de que ainda existiam dúvidas
sobre as regras para uso do cartão -e para evitar novos usos
que pudessem ser questionados-, houve recomendação no
sentido de que se interrompesse a utilização do instrumento,
ainda que isso implicasse em
maior lentidão nos processos
de compra", diz em nota.
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