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MEMÓRIA
Morte de Chico Mendes também foi "anunciada"
DA REDAÇÃO
O assassinato da freira americana Dorothy Stang foi comparado por ministros do governo à
morte do ecologista e líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em dezembro de 1988
em Xapuri, no Acre.
Seu assassinato foi noticiado
em jornais e redes de TV de todos os continentes. O "New
York Times" publicou uma reportagem de capa sobre o crime
e classificou os tiros contra Chico Mendes como "disparos contra toda a humanidade".
O sindicalista ficou mundialmente conhecido em 1987, ao
denunciar, no Senado dos Estados Unidos, a devastação que
empresas estrangeiras causavam na floresta amazônica. Ganhou diversos prêmios internacionais, entre os quais o "Global
500", da ONU.
Chico Mendes defendia a desapropriação de fazendas para a
criação de reservas extrativistas.
Foi morto pelos fazendeiros
Darci e Darly Alves, condenados em 1990 a 19 anos de prisão.
Hoje no poder, a ministra Marina Silva e o presidente Lula estiveram no julgamento. O atual
ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, foi assistente da
acusação no caso.
O ecologista foi morto a tiros
na porta de sua casa, depois de
várias ameaças. Antes de ser assassinado, tinha informado à
polícia e ao governo federal os
nomes de quem queria matá-lo.
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