São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

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MEMÓRIA

Morte de Chico Mendes também foi "anunciada"

DA REDAÇÃO

O assassinato da freira americana Dorothy Stang foi comparado por ministros do governo à morte do ecologista e líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em dezembro de 1988 em Xapuri, no Acre.
Seu assassinato foi noticiado em jornais e redes de TV de todos os continentes. O "New York Times" publicou uma reportagem de capa sobre o crime e classificou os tiros contra Chico Mendes como "disparos contra toda a humanidade".
O sindicalista ficou mundialmente conhecido em 1987, ao denunciar, no Senado dos Estados Unidos, a devastação que empresas estrangeiras causavam na floresta amazônica. Ganhou diversos prêmios internacionais, entre os quais o "Global 500", da ONU.
Chico Mendes defendia a desapropriação de fazendas para a criação de reservas extrativistas. Foi morto pelos fazendeiros Darci e Darly Alves, condenados em 1990 a 19 anos de prisão.
Hoje no poder, a ministra Marina Silva e o presidente Lula estiveram no julgamento. O atual ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, foi assistente da acusação no caso.
O ecologista foi morto a tiros na porta de sua casa, depois de várias ameaças. Antes de ser assassinado, tinha informado à polícia e ao governo federal os nomes de quem queria matá-lo.

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