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PROPAGANDA
Marqueteiro trabalhou na campanha de Lula
Duda Mendonça vence licitação de publicidade do Ministério da Saúde
RUBENS VALENTE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A licitação para gastos com publicidade do Ministério da Saúde
vencida pelo marqueteiro da
campanha presidencial de Luiz
Inácio Lula da Silva, Duda Mendonça, poderá atingir um custo
de R$ 392 milhões por um período de quatro anos.
A conta será dividida entre quatro agências (incluindo as de Duda e de outro marqueteiro de
campanhas eleitorais do PT, Agnelo Pacheco) e tem custo inicial
de R$ 98 milhões anuais, com um
mínimo de 15% para cada uma.
Mas uma cláusula prevê que o
contrato pode ser renovado por
mais quatro anos sem a necessidade de outra licitação.
Previsão semelhante já existia
no contrato em vigor, e as renovações ocorreram anualmente desde que ele foi assinado, há cinco
anos, segundo a assessoria do Ministério da Saúde.
Além da conta da Saúde, Duda
Mendonça participa do contrato
da publicidade da Petrobras, com
valor total de R$ 120 milhões
anuais, a ser dividido com outras
três agências, e a da publicidade
oficial do Palácio do Planalto, que
previa R$ 150 milhões até setembro de 2004.
Hoje vencerá o prazo para apresentação de recursos das 18 agências que foram derrotadas na fase
de seleção das propostas técnicas.
Durante a semana será aberto o
envelope com as propostas de
preços, e só então será anunciado
o resultado oficial.
A avaliação das propostas classificou a empresa de Duda em primeiro lugar, seguida pelas agências Propeg, Master, que já trabalhava para a Saúde, e Agnelo Pacheco. A agência Agnelo Pacheco
trabalhou na campanha eleitoral
de 2000 da prefeita de São Paulo,
Marta Suplicy (PT), e logo depois
foi escolhida, em licitação, para
fazer a propaganda da administração municipal paulista.
Pacheco disse à Folha que fez
um "estudo nacional" para conseguir se habilitar na concorrência.
A Secretaria de Finanças de São
Paulo confirmou que a gestão de
Marta deixou dívidas com a agência de R$ 1,2 milhão em serviços
liqüidados mas ainda não pagos e
outros R$ 350 mil em serviços não
liqüidados. Mas Pacheco afirmou
que não se considera um credor
da prefeitura. Segundo ele, os valores estão sendo pagos "dentro
do cronograma" da prefeitura.
Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, 22 empresas participaram da licitação para propaganda do programa Qualisus e foram escolhidas "as melhores propostas técnicas, analisadas dentro
de critérios técnicos objetivos".
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