São Paulo, quinta-feira, 14 de março de 2002

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PRIVATIZAÇÃO

Inquérito apura irregularidades na privatização da Tele Norte Leste

Delegado do caso Telemar é afastado

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O delegado federal Deuler da Rocha, que presidia o inquérito aberto para apurar suspeitas de irregularidades na privatização da Tele Norte Leste (atual Telemar), foi afastado ontem da Delecoe (Delegacia de Combate ao Crime Organizados e de Inquéritos Especiais) do Rio. Ele deixou de ser o responsável pela investigação.
O inquérito apura suspeitas de corrupção ativa e passiva envolvendo Ricardo Sérgio Oliveira, diretor da Área Internacional do Banco do Brasil na época da privatização do sistema Telebrás, e acionistas da Telemar.
A suspeita tem como base acusação feita pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães de que Oliveira teria cobrado propina no valor de R$ 90 milhões para acertar a participação da Previ (fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil) no consórcio que comprou a Tele Norte Leste.
O ex-diretor do Banco do Brasil nega as acusações, que chamou de "mentirosas e descabidas".
O inquérito apura a suspeita de que a Previ agiu indevidamente como banco, emprestando dinheiro para que seus parceiros no consórcio pagassem a primeira parcela da compra da telefônica.
Segundo o assessor da Superintendência da PF (Polícia Federal) no Rio, Sílvio Pinho, a destituição de Rocha foi "um ato de rotina" do superintendente Marcelo Itagiba. Pinho disse que a destituição atingiu toda a equipe da Delecoe, inclusive o chefe da delegacia, Eduardo da Matta.
Procurado pela Folha, o delegado Deuler da Rocha disse ter se surpreendido com a destituição. Ele afirmou que desconhece o motivo da destituição.


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