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PRIVATIZAÇÃO
Inquérito apura irregularidades na privatização da Tele Norte Leste
Delegado do caso Telemar é afastado
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
O delegado federal Deuler da
Rocha, que presidia o inquérito
aberto para apurar suspeitas de
irregularidades na privatização da
Tele Norte Leste (atual Telemar),
foi afastado ontem da Delecoe
(Delegacia de Combate ao Crime
Organizados e de Inquéritos Especiais) do Rio. Ele deixou de ser
o responsável pela investigação.
O inquérito apura suspeitas de
corrupção ativa e passiva envolvendo Ricardo Sérgio Oliveira, diretor da Área Internacional do
Banco do Brasil na época da privatização do sistema Telebrás, e
acionistas da Telemar.
A suspeita tem como base acusação feita pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães de que Oliveira teria cobrado propina no valor de R$ 90 milhões para acertar a
participação da Previ (fundo de
pensão dos empregados do Banco
do Brasil) no consórcio que comprou a Tele Norte Leste.
O ex-diretor do Banco do Brasil
nega as acusações, que chamou
de "mentirosas e descabidas".
O inquérito apura a suspeita de
que a Previ agiu indevidamente
como banco, emprestando dinheiro para que seus parceiros no
consórcio pagassem a primeira
parcela da compra da telefônica.
Segundo o assessor da Superintendência da PF (Polícia Federal)
no Rio, Sílvio Pinho, a destituição
de Rocha foi "um ato de rotina"
do superintendente Marcelo Itagiba. Pinho disse que a destituição
atingiu toda a equipe da Delecoe,
inclusive o chefe da delegacia,
Eduardo da Matta.
Procurado pela Folha, o delegado Deuler da Rocha disse ter se
surpreendido com a destituição.
Ele afirmou que desconhece o
motivo da destituição.
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