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Presidente se defende
de acusação no TSE
SILVANA DE FREITAS
da Sucursal de Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso apresentou defesa ao
TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
em que se apóia no fato de ainda
não ser candidato formal à reeleição para afastar o risco de sofrer
investigação judicial por suposto
abuso de poder político.
FHC foi acusado pelo PT de usar
a máquina administrativa para influir na convenção do PMDB, no
domingo passado, em que foi decidido que o partido não terá candidato próprio à Presidência.
O presidente também sustentou
que as acusações apresentadas
contra ele foram baseadas em reportagens de jornais, que não serviriam como provas em investigação judicial.
A defesa de FHC, de 15 páginas,
foi entregue ao TSE, às 18h22, pelo
advogado Antônio Vilas Boas Teixeira de Carvalho.
O corregedor-geral da Justiça
Eleitoral, ministro Nilson Naves,
deverá determinar na próxima semana que sejam ouvidas testemunhas de acusação e defesa.
"Se a Constituição permite que
o candidato permaneça no cargo,
é preciso que se considere as consequências disso", disse o advogado. Ele afirmou que as mesmas
acusações poderão ser feitas após
o registro formal da candidatura
de FHC à reeleição, mas questionou a existência de provas.
Também notificado, o ministro
Eliseu Padilha (Transportes), um
dos representantes do PMDB no
governo, admitiu ter pedido a
FHC que recebesse o governador
de Santa Catarina, Paulo Afonso
Vieira, mas negou que soubesse
do assunto que seria tratado.
Vieira, que definiu posição na
convenção na última hora, foi
apontado como protagonista de
uma negociação em que teria oferecido votos de convencionais do
Estado em troca de verbas federais. Até a próxima sexta-feira, o
advogado de FHC apresentará a
defesa dele em mais duas representações, uma delas também sobre o uso da máquina em negociações de votos de convencionais do
PMDB, que estende a acusação aos
ministros Sérgio Motta (Comunicações) e Iris Rezende (Justiça).
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