ANA PAULA MARGARIDO
DA FOLHA CAMPINAS

O pré-candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) criticou anteontem as ações do governo na área de geração de energia. "A privatização no setor [energético", nesse governo e no anterior, não foi bem feita. Não se tinha um modelo de privatização", afirmou Serra.
A declaração foi feita durante uma palestra a empresários e universitários anteontem à noite, em Campinas (95 km de São Paulo), onde Serra falou, como pré-candidato, sobre as perspectivas para o Brasil em 2003.
O pré-candidato disse que, embora seja o nome da continuidade, não é do continuísmo e, por esse motivo, pretende corrigir o que está errado.
Ele afirmou que vai manter o que está certo e mudar o que não está, "e o que está errado é o setor de energia elétrica".
"Para se ter uma idéia, nós só vamos ter energia garantida com segurança até 2003", disse.
O pré-candidato afirmou que a correção do setor é um de seus desafios e a base para o crescimento econômico sustentável.
Outra questão que não foi resolvida no país, ou foi de maneira equivocada, segundo Serra, é a questão tributária.
"O Brasil todo deseja uma reforma para ter um sistema tributário diferente, menos pesado para a atividade produtiva", disse. "Temos por aí muita coisa para corrigir ou para avançar", concluiu.
Ainda como metas de governo, Serra definiu o aumento do número de empregos e o fomento à exportação.

Gatilho
Em entrevista exibida segunda-feira, dia 8, na Globonews, o presidenciável tucano criticou o gatilho da gasolina, fórmula adotada pela Petrobras para reajustar o preço do combustível no Brasil a cada 15 dias, de acordo com variações no mercado internacional.
"Não estou satisfeito com isso. Acho que a Petrobras é monopolista demais para ter essa regalia."



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