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CAMPO MINADO
Atos do MST lembram o massacre de Eldorado
DA AGÊNCIA FOLHA
Cerca de 280 famílias ligadas ao
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram na madrugada de ontem
uma fazenda em Estância, no interior de Sergipe. Foi a primeira
invasão de terra neste ano no Estado e faz parte das ações programadas pelo MST em várias partes
do país, na chamada "Campanha
de Luta Contra o Latifúndio".
A campanha consiste em promover manifestações em homenagem às vítimas do massacre
ocorrido em Eldorado do Carajás
(PA). Em 17 de abril de 1996, 19
sem-terra foram mortos pela Polícia Militar do Pará durante operação para a desobstrução de uma
rodovia no sul do Estado.
O MST afirma que a campanha
é um protesto contra a guerra no
Iraque e a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Iniciados na semana passada, os
protestos e manifestações devem
se intensificar. Além da invasão, o
MST sergipano montou acampamento com cerca de 700 famílias
na beira da rodovia SE-212, a 10
km de Nossa Senhora da Glória.
No Pará, o MST iniciou marcha
que percorrerá cerca de cem quilômetros até o dia 17. O grupo saiu
de Castanhal e deverá parar em
nove cidades para atos públicos.
Sob o lema "Paz, Reforma Agrária e Justiça Social", o MST organiza desde a semana passada três
marchas em Goiás. As colunas
saíram de diferentes pontos com
destino a Goiânia e reúnem cerca
de 1.700 pessoas.
No Paraná, o MST iniciou uma
marcha de Ponta Grossa a Curitiba. A previsão é que os sem-terra
cheguem hoje à capital, onde farão manifestações e debates na
Universidade Federal do Paraná.
São Paulo terá os principais atos
na capital, com panfletagem em
estações do metrô, e em Campinas, com uma marcha, marcada
para começar amanhã, que vai do
quilômetro 29 da rodovia Anhanguera até o centro da cidade.
De acordo com a entidade, outras manifestações devem ocorrer
em mais nove Estados.
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