São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 2005 |
Texto Anterior | Índice
DIPLOMACIA Argentina intensifica campanha contra o Brasil no Conselho de Segurança da ONU A Argentina intensificou nesta semana a sua campanha contrária às pretensões do Brasil de conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). O vice-chanceler argentino, Jorge Taiana, citou a existência de "suscetibilidades regionais" e afirmou que a inclusão de novos membros permanentes alteraria "equilíbrios" e seria um "fator de instabilidade nas regiões, ao estabelecer hegemonias que hoje não existem". As declarações do representante do governo argentino foram feitas em debate sobre a reforma do Conselho, em Nova York, na última segunda-feira. Taiana disse que as decisões do Conselho de Segurança "correrão o risco de se ver crescentemente questionadas", caso sejam incorporados mais membros permanentes ao grupo atual -China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. O vice-chanceler se referiu à necessidade de garantir "credibilidade" e "legitimidade" ao Conselho como argumento contrário ao modelo de reforma defendido pelo Brasil. "A credibilidade está vinculada com a eficácia, com a capacidade de poder cumprir seu papel. Uma reforma bem-sucedida desta organização exigirá proteger e melhorar esses dois eixos." A Argentina já se havia manifestado sobre a reforma do Conselho, em desacordo com as pretensões brasileiras. Em dezembro passado, o presidente argentino, Néstor Kirchner, assinou uma nota conjunta com o ditador paquistanês, Pervez Musharraf, afirmando que "o aumento de assentos não-permanentes é a única alternativa viável para uma reforma bem-sucedida do Conselho". O Paquistão se opõe à candidatura da Índia como membro permanente do organismo. (DE BUENOS AIRES) Texto Anterior: Panorâmica - Operação Anaconda: Tribunal rejeita denúncia de peculato-desvio contra o juiz Rocha Mattos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |