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Pré-candidato do PT gaúcho vê "conspiração" do PFL no caso Vale
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O pré-candidato do PT ao governo gaúcho, Tarso Genro, saiu
ontem em defesa do pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, dizendo que as acusações a
respeito do pagamento de propinas em privatizações do governo
federal não desmerecem sua candidatura e não o desqualificam.
"Essa questão não desqualifica
o candidato. Vejo mais como uma
conspiração política da oligarquia
representada pelo PFL", disse
Tarso, que foi prefeito de Porto
Alegre duas vezes e é um dos principais teóricos petistas.
O PFL deve apoiar no Rio Grande do Sul a candidatura do ex-governador Antônio Britto (PPS),
principal adversário de Tarso.
Para o petista, que retornou de
uma viagem de mais de um mês
pela Europa, as acusações envolvendo o ex-arrecadador de campanhas tucanas e ex-diretor do
Banco do Brasil Ricardo Sérgio de
Oliveira são ""mais uma forma de
o PFL tentar responder àquilo que
ocorreu com a Roseana do que
uma coisa séria".
A ex-governadora Roseana Sarney (PFL-MA) abandonou sua
pré-candidatura presidencial pelo
PFL em razão da ação da Polícia
Federal que apreendeu documentos e R$ 1,34 milhão em escritório
de sua propriedade. O PFL creditou a operação a uma estratégia
pró-Serra, deixou a aliança governista e o desgaste acabou tirando
Roseana da disputa.
"Todo mundo sabia do que tinha acontecido. Todos sabem que
há corrupção em privatizações.
Por que agora isso está se tornando uma desconstituição de Serra?
Temos de analisar essa assunto
com seriedade", disse o petista.
Tarso sustenta que a polarização entre Serra e o petista Luiz
Inácio Lula da Silva é a mais interessante em um segundo turno.
Para ele, isso mostraria uma
"qualificação" da política do país.
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