São Paulo, terça-feira, 14 de maio de 2002

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SOMBRA NO TUCANATO

Citados no caso Vale serão ouvidos a partir do dia 22

Ricardo Sérgio confirma que vai depor no Senado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E
DA SUCURSAL DO RIO

A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado começa a ouvir na próxima semana os depoimentos dos envolvidos no caso do suposto pedido de propina na formação do consórcio que comprou a Vale do Rio Doce, privatizada em 1997.
Ontem, o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira e o empresário Benjamin Steinbruch confirmaram que prestam depoimento no dia 22. Ricardo Sérgio é acusado de ter pedido R$ 15 milhões a Steinbruch para ajudar, com dinheiro de fundos de pensão, a formar o consórcio vencedor. Ricardo Sérgio nega.
Os depoimentos do ministro Paulo Renato Souza (Educação) e do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros (Comunicações) foram marcados para o dia 29.
Paulo Renato disse ontem, no Rio, que não se recusará a depor no Senado. O ministro afirmou que não vê problema em depor, desde que seja escolhida uma data em que não tenha compromisso agendado. Mendonça de Barros não respondeu.
Os convites da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado foram enviados ontem por fax. Os quatro serão ouvidos na condição de convidados, podendo se recusar a comparecer. O poder de convocação da comissão se limita a agentes públicos, ou seja, apenas Paulo Renato poderia ser obrigado a depor.

"Nada a acrescentar"
O ministro da Educação afirmou que, no Senado, não terá novidades sobre o episódio. "Não tenho mais nada a acrescentar ao que já foi publicado", disse o ministro, que esteve no Rio para comemorar o aniversário de dez anos do Programa Nacional de Incentivo à Leitura, da Fundação Biblioteca Nacional.
Paulo Renato afirmou que não conversou com o presidente Fernando Henrique Cardoso desde que a revista "Veja" publicou, no domingo retrasado, a reportagem sobre a propina. "Não falei com o presidente. Devo estar com ele amanhã [hoje" em Brasília."
Segundo o ministro, a campanha de Serra está indo bem e não sofrerá abalos por causa das recentes denúncias. "São temas que vão ser esclarecidos e não vão prejudicar a candidatura. Hoje as pesquisas mostram que Serra tem mais votos do que Fernando Henrique em maio de 1994."


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