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O DIFÍCIL
Apoio não pode
ser trocado por
cargo, diz Geddel
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Geddel Vieira Lima
(BA), ex-líder do PMDB na Câmara, contestou o líder no Senado, Renan Calheiros (AL), que fez
um discurso num tom pró-governo. Geddel afirmou que a opinião
pública não aceita que o apoio às
reformas seja trocado por cargos.
Pergunta - O senhor contestou o
líder Renan Calheiros?
Geddel Vieira Lima - Eu fiz um
discurso deixando claro que esse
não era um encontro, não era
uma ode à adesão remunerada.
Era um encontro para discutir as
reformas, com as quais o PMDB
tem um compromisso histórico.
Afinal de contas, elas não são do
PT nem do governo, elas são nossas. Por elas eu fui chamado de lacaio do FMI e até de matador de
aposentados.
Pergunta - Quantos estão no grupo rebelde?
Geddel - Não sou líder de rebeldes, não sou líder de nada. Talvez
eu seja uma pessoa coerente, que
ama um partido. Diferentemente
de outros, eu poderia ter tido outros partidos, mas eu só tive o
PMDB, que é afinado com a opinião pública. A opinião pública
não aceita que o apoio a reformas
que são justas, são prementes, seja
trocado por cargos.
Pergunta - Como foi o comportamento do presidente?
Geddel - O presidente foi extremamente elegante, foi extremamente gentil, charmoso, mas isso
não me faz mudar de posição.
Apoiar as reformas, sempre
apoiei, agora, isso não significa
desejo de participar de um governo que não ajudei a eleger.
Pergunta - O senhor é minoria no
partido?
Geddel - Eu não estou discutindo matemática, estou discutindo
política. Estou discutindo a história de um partido que talvez seja o
mais antigo partido brasileiro,
que não pode deixar colar na sua
testa o epíteto de fisiológico.
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