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Jornal se diz "satisfeito" com decisão
DE NOVA YORK
O jornal "The New York Times" se disse "satisfeito" ontem
com a decisão do Superior Tribunal de Justiça de conceder liminar
permitindo que o seu correspondente no Brasil, o jornalista Larry
Rohter, permaneça no país até o
julgamento do mérito da questão.
Em nota divulgada pela vice-presidente de comunicação corporativa do jornal, Catherine Mathis, o "New York Times" esclarece que o responsável pelo pedido
de habeas corpus foi "um senador
brasileiro", sem mencionar o nome de Sérgio Cabral (PMDB-RJ).
O jornal se diz ainda "esperançoso" de que o direito do repórter
ao visto de permanência no Brasil
seja mantido.
"Esperamos ter essa questão resolvida rapidamente por meio
dos canais institucionais adequados", diz a nota.
O "New York Times" já havia
declarado ontem, sem dar detalhes maiores, que pretendia defender os direitos de Rohter. Segundo a mesma assessora, o jornal havia procurado consultores
legais no Brasil e acreditava não
haver base legal para a decisão do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva de cancelar o visto e expulsar o
repórter do "NYT".
A Folha procurou a responsável
pela comunicação corporativa do
jornal para questioná-la sobre a
possibilidade de o governo brasileiro rever a suspensão do visto de
Larry Rohter caso o "New York
Times" se retratasse.
Questionada se o diário iria se
retratar publicamente ou se essa
oferta havia sido feita diretamente
pelo governo brasileiro ao diário,
Catherine Mathis declarou que o
jornal iria "declinar, nesse momento, de responder as perguntas".
(RAFAEL CARIELLO)
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