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Por superstição, QG tucano em São Paulo, no Joelma, vai ter o número alterado
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O staff de José Serra contará com o apoio do aliado e
prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), para se livrar da influência malévola
do 13 na disputa eleitoral.
A pedido do presidente do
PMDB, Orestes Quércia, e
com a autorização do proprietário do imóvel, a Prefeitura de São Paulo está trocando o número do edifício onde
funcionará o comitê de campanha de Serra e Geraldo
Alckmin nessas eleições: de
184 para 182.
A associação com o 13 do
PT é só coincidência. Discípulo de Pitágoras -e adepto
da teoria de que cada número
traz um significado-, Quércia quer é afugentar os efeitos
do temido 4. Como sua pronúncia se assemelha a "morte" em chinês, o 4 é evitado no
Oriente. E por Quércia.
Para chegar a um resultado
na numerologia, é preciso somar os algarismos de um número até que reste apenas
um. É assim que 184 (1+8+4)
vira 13. E, depois (1+3), 4.
Quércia recorre à numerologia cada vez que se instala
num novo endereço. Como
ocupará salas do edifício Praça da Bandeira -antigo Joelma-, pediu a troca. Kassab
consultou o proprietário.
Com a mudança, troca-se o
4 pelo 2. Embora rechace a
vinculação do 4 com a morte,
a numeróloga Vera Caballero
reconhece que o 2 é benéfico
por sua associação à diplomacia -o 4 seria "falta de jogo de
cintura".
QG do tucanato desde 2004
-quando abrigou a equipe de
transição de Serra para a prefeitura-, o Joelma foi palco
de trágico incêndio em 1974,
com 188 mortes.
Pré-candidato do PSDB ao
Senado, Aloysio Nunes Ferreira confessa que tem medo
de assombração. Mas que isso
não se aplica ao Joelma. Apesar disso, ele diz que os comitês do partido foram benzidos
antes de ocupados.
Veja superstições que
cercam o edifício
www.folha.com.br/101335
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