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Em uma frase, presidente ataca FHC e Clinton
DO ENVIADO ESPECIAL A LONDRES
O debate sobre o papel dos Estados Unidos na cena mundial
acabou servindo de pretexto para
uma dura crítica do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva tanto a
seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, como a Bill Clinton,
ambos membros fundadores do
movimento chamado originalmente "Terceira Via" (agora "Governança Progressista").
Lula citou o intenso relacionamento de FHC com Clinton, lembrou que seu antecessor dormira
uma vez em Camp David, uma
das residências oficias do governo
dos EUA, reservada para hóspedes queridos, e emendou: "Todo
dia, [FHC] telefonava para o Clinton ou o Clinton telefonava para
ele". Aí cobrou: "Em oito anos [de
governo FHC], não houve um
único gesto político e econômico
para ajudar o Brasil, nenhum centavo para ajudar o Brasil".
Não é bem assim: a interferência de Clinton foi decisiva para
que o FMI (Fundo Monetário Internacional) concedesse um empréstimo ao governo FHC para
enfrentar o ataque ao real, em
1998, e em seguida para a transição do câmbio semifixo para o
flutuante, depois que, no ano seguinte, o mercado derrubou a
moeda brasileira.
Lula afirmou que, com Bush,
pretende "ter outra relação", que
não especificou. De todo modo,
um segundo pacote do FMI, na
turbulência do período eleitoral,
teve suporte da gestão Bush.
A crítica de Lula surge três dias
após FHC atacar a gestão petista,
tanto no quesito política externa
como no "Fome Zero".
(CR)
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