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TODA MÍDIA
Nelson de Sá
Abaixo da cintura
Início da noite, diz a manchete no site de "O Estado
de S. Paulo" que "Serra e vice de Alckmin insinuam
haver ligação do PT com os ataques do PCC". Mesmo
horário, na manchete do UOL, "Alckmin "estranha" a
onda de ataques e pede apuração".
Tudo começou quando, no dizer do blog de Josias
de Souza, o pefelista Jorge Bornhausen "socou abaixo
da cintura" ontem na Folha, falando que "o PT pode
estar manuseando, manipulando essas ações".
O petista Tarso Genro se recusou a responder, no
blog, "declarações de um quilate tão rebaixado, de
uma postura tão caluniosa".
NENHUM ÔNIBUS
A exemplo de dois meses
atrás, insiste a Globo que os
civis resistam aos ataques.
Nos intervalos da tarde, bateu sem parar que "o prefeito
determinou que os ônibus
voltem a circular às quatro".
Às 16h, "vamos ver se a determinação está sendo cumprida". Num terminal, "como
a gente vê aí, nenhum sinal,
tudo parado, nenhum ônibus,
nem sequer estacionado".
UM ÔNIBUS SOLITÁRIO
Vem a noite, começa o "SP
Record" e conta no terminal,
do alto, "um ônibus solitário".
Começa o "SPTV". Sobre o
terminal, do Globocop, "totalmente vazia ali, a plataforma
onde deviam estar os ônibus".
No bloco final, surge ao vivo o
ex-secretário de Celso Pitta,
digo, o repaginado prefeito de
São Paulo, Gilberto Kassab:
- Evidentemente, é um
processo gradual... Amanhã
eles circularão normalmente.
"FIRST COMMAND"
Do "Washington Post", ontem, abrindo texto à pág. A20:
- A gigantesca gangue de
prisão do Brasil, "the First
Command of the Capital",
mostrou que ainda opera sem
controle do governo, lançando ataques em São Paulo, em
protesto contra superlotação.
E no título do espanhol "El
País", "São Paulo sofre outra
onda de ataques organizada
pela máfia carcerária". Em
outras palavras, "el Primer
Comando de la Capital".
MORTO VIVO
No blog de Josias de Souza,
uma indicação do estopim. A
certa altura do depoimento à
CPI de Armas, Marcola pediu:
- Posso fazer uma pergunta? Pode ser em off, entre nós?
Desligaram o gravador e ele
quis saber "como é o regime
de Catanduvas". É o presídio
federal para onde ele pode ser
mandado, dito "supermax",
"Super Maximum Security".
Lá, falaria por parede de vidro, sob monitoramento etc.
No título do blog, "Líder do
PCC temia virar "morto vivo'".
A LIÇÃO
De Gilberto Dimenstein, na
Folha Online, ontem, sob o título "A boa lição do PCC":
- Quando mais se prende,
mais vulnerável fica a sociedade, isso porque o PCC se
torna ainda mais forte. Quando mais se pede tratamento
desumano aos presos, mais e
mais somos nós as vítimas.
De Paulo Mesquita, do Núcleo de Estudos da Violência
da USP, ao site Carta Maior:
- Políticas cujo único objetivo parece ser o encarceramento são insustentáveis.
Num Estado com as dimensões de São Paulo, isso só vai
levar a crises e mais crises.
OUTRO LADO
O ex-secretário do governo
FHC para segurança não pára.
Ontem, lá estava ele no programa de Ana Maria Braga e
nas rádios. Cobrou verbas do
governo Lula, questionou a
Força Nacional, o de sempre.
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Nos telejornais de Globo e Band etc., o rosto das crianças brasileiras |
ATENTADO E REVOLTA
No fim da escalada de manchetes do "Jornal Nacional",
"Israel volta a bombardear o Líbano, e uma família de
brasileiros morre durante os ataques".
À tarde, na reportagem da Globo, houve destaque para
as "lágrimas de dor e revolta", mais uma descrição pouco
usual para "o bombardeio israelense":
- No atentado, morreram o menino Hadi, de 8 anos, e
Fátima, de 4 anos.
À noite, no "JN", nem atentado nem revolta.
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@ - Nelson de Sá
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