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PARALISAÇÃO EM BAIXA
Na Receita Federal, 90% permanecem parados
Adesão à greve dos servidores cai em vários pontos do país
TIAGO ORNAGHI
DA AGÊNCIA FOLHA
Depois da votação do relatório
da reforma da Previdência na Câmara, a mobilização de greve do
funcionalismo público começa a
perder força. A paralisação dos
servidores públicos teve início no
dia 8 de julho e já dura 37 dias.
Das 42 universidades federais
que estavam com greve deflagrada ou com indicativo de paralisação até a semana passada, 35 continuam paradas.
No INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social), apenas 25% das
1.139 agências no país continuam
paradas, e somente 9% dos 41.185
funcionários mantêm a greve.
A Receita Federal, que mantinha a mais forte mobilização grevista até a semana passada, permanece, segundo o Sindicato dos
Auditores Fiscais, com 90% das
atividades paralisadas, mas a
Agência Folha apurou na sede da
Receita Federal, em Brasília, que o
movimento está perdendo força.
A greve do funcionalismo federal no Rio Grande do Sul, que causou problemas nas fronteiras com
Argentina e Uruguai, acabou.
Em Foz do Iguaçu (PR), a Receita Federal fez apenas 24 horas de
paralisação no dia 8 de julho.
Portos liberados
Fiscais da Alfândega do Porto
de Santos voltaram ontem ao trabalho, em operação padrão (atividade mais lenta), mas podem retomar a greve após assembléia
programada para esta manhã.
Segundo estimativa da delegacia local do Unafisco (Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais da
Receita Federal), até anteontem
havia 3.350 contêineres retidos no
porto. Isso equivale à capacidade
de dois navios cargueiros.
Em Vitória (ES), a Justiça concedeu liminar ordenando que os
funcionários grevistas da Receita
liberassem as cargas retidas no
porto. Em Santa Catarina, uma
decisão judicial obrigou os portos
de Itajaí e São Francisco do Sul a
retomarem as atividades.
Na Delegacia Regional do Trabalho de Curitiba (PR), 70 servidores administrativos resolveram
voltar ao trabalho. Mas os 130 auditores fiscais do órgão decidiram
pela manutenção da paralisação.
Colaboraram FAUSTO SIQUEIRA, da
Agência Folha, em Santos, e DIMITRI DO
VALLE, da Agência Folha, em Curitiba
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