São Paulo, sábado, 14 de agosto de 2004

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DEBATE

Fenaj nega controle sobre conteúdo

RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Sérgio Murillo de Andrade, disse ontem que apóia modificações no projeto do Conselho Federal de Jornalismo caso haja a interpretação que a atual redação dá ao conselho o poder de controlar o conteúdo editorial das empresas.
"O texto é nosso, mas se há a interpretação de que o conselho vai controlar conteúdo, eliminem-se as expressões, altere-se o texto se ele está levando ao entendimento equivocado de que haverá fiscalização de conteúdo. Não é essa, absolutamente, nossa intenção", disse em debate na TV Câmara.
No debate, o presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Maurício Azêdo, questionou a representatividade da Fenaj para apresentar a proposta: "Um projeto dessa natureza tem que atender a uma demanda social, é discutível a representatividade da Fenaj para elaborar e apresentar um projeto dessa magnitude em nome dos jornalistas". Segundo ele, há cerca de 130 mil jornalistas, mas a eleição da nova diretoria da Fenaj mobilizou apenas 5.000.
"A Fenaj tem representatividade sim", disse Andrade, para quem só há 50 mil jornalistas em atividade. Ele admite a tese de que a liberdade não é um valor absoluto: "A gente não pode sair por aí propondo a impunidade absoluta aos jornalistas. O valor da liberdade de imprensa tem de ser igual ao valor da responsabilidade, caso contrário vira impunidade".


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