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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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OUTRO LADO

Prefeito diz que sofre perseguição de "pilantras"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM

SANTANA DO ACARAÚ

Indagado sobre as denúncias de corrupção em sua gestão, o prefeito de Santana do Acaraú, José Aldenir Farias (PSDB), disse que tudo não passa de perseguição política promovida por "pilantras". Durante a entrevista, a reportagem da Folha chegou a ser empurrada por apoiadores do prefeito e ameaçada de agressão.
Os repórteres procuraram o prefeito durante a festa de filiação dele ao PSDB, anteontem à tarde, em Santana do Acaraú, em que estiveram presentes o senador Tasso Jereissati, o governador do Estado, Lúcio Alcântara e o secretário de governo Luiz Pontes, entre outros.
Logo após a filiação, tanto Tasso como Pontes afirmaram que desconheciam as denúncias contra Farias e que iriam averiguá-las. O prefeito só quis dar entrevista após deixar os demais políticos no helicóptero.
Rodeado por apoiadores, Farias alegou que a CGU só identificou quatro denúncias "mínimas" em sua gestão, facilmente explicáveis. Disse que o restante não passa de "mentiras" criadas por "pilantras". Sobre o caso da menina Maria de Fátima Braz, morta há dez anos, mas matriculada na primeira série do ensino fundamental neste ano, o prefeito disse que pode ser um homônimo e que não há provas de fraudes, apesar da recontagem da Secretaria de Educação do Estado demonstrar o excesso de alunos no ensino fundamental.
Com a insistência das perguntas sobre as denúncias de corrupção, apoiadores do prefeito começaram a gritar dizendo que tudo não passava de "matéria paga" e cercaram os repórteres aos empurrões. A repórter levou um empurrão no ombro e outro nas costas. O fotógrafo também levou um empurrão nas costas.



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