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OUTRO LADO
Prefeito diz que sofre perseguição de "pilantras"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM
SANTANA DO ACARAÚ
Indagado sobre as denúncias de corrupção em sua
gestão, o prefeito de Santana
do Acaraú, José Aldenir Farias (PSDB), disse que tudo
não passa de perseguição
política promovida por "pilantras". Durante a entrevista, a reportagem da Folha
chegou a ser empurrada por
apoiadores do prefeito e
ameaçada de agressão.
Os repórteres procuraram
o prefeito durante a festa de
filiação dele ao PSDB, anteontem à tarde, em Santana
do Acaraú, em que estiveram presentes o senador
Tasso Jereissati, o governador do Estado, Lúcio Alcântara e o secretário de governo Luiz Pontes, entre outros.
Logo após a filiação, tanto
Tasso como Pontes afirmaram que desconheciam as
denúncias contra Farias e
que iriam averiguá-las. O
prefeito só quis dar entrevista após deixar os demais políticos no helicóptero.
Rodeado por apoiadores,
Farias alegou que a CGU só
identificou quatro denúncias "mínimas" em sua gestão, facilmente explicáveis.
Disse que o restante não passa de "mentiras" criadas por
"pilantras". Sobre o caso da
menina Maria de Fátima
Braz, morta há dez anos,
mas matriculada na primeira série do ensino fundamental neste ano, o prefeito
disse que pode ser um homônimo e que não há provas de fraudes, apesar da recontagem da Secretaria de
Educação do Estado demonstrar o excesso de alunos no ensino fundamental.
Com a insistência das perguntas sobre as denúncias
de corrupção, apoiadores do
prefeito começaram a gritar
dizendo que tudo não passava de "matéria paga" e cercaram os repórteres aos empurrões. A repórter levou
um empurrão no ombro e
outro nas costas. O fotógrafo
também levou um empurrão nas costas.
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