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"Vovô" PCB registra o pior desempenho
OTÁVIO CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O partido que se considera
o mais antigo e tradicional
do Brasil teve o pior desempenho nas urnas no primeiro turno. Com a menor votação entre as 30 agremiações
que disputaram as eleições
municipais, o PCB (Partido
Comunista Brasileiro) conseguiu eleger apenas um vereador, em Nossa Senhora
do Socorro, em Sergipe.
O PCB atual é uma dissidência do PPS que ganhou
na Justiça, em 1996, o direito
de usar o nome, o estatuto e
o tradicional símbolo do
partido: a foice e o martelo.
O partido original surgiu
em 25 de março de 1922. No
início dos anos 60, sofreu o
primeiro racha, quando dissidentes criaram o PC do B
(Partido Comunista do Brasil), que se aliou aos chineses
-os pecebistas se mantiveram fiéis aos soviéticos.
O PCB sobreviveu com altos e baixos até janeiro de
1992, quando seus principais
dirigentes, liderados pelo senador Roberto Freire, transformaram o partido no PPS
(Partido Popular Socialista).
Cerca de 600 dissidentes
não aceitaram o fim do "Partidão". Liderados pela atual
presidente do partido, a socióloga carioca Zuleide Faria
de Melo, fundaram inicialmente o Partido Comunista.
Em 1996, após cumprir as
exigências do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), disputaram a primeira eleição. Tiveram 12 mil votos, mas não
elegeram ninguém.
Neste ano, a votação diminuiu. Apenas 9.824 eleitores
digitaram o número 21 para
prefeito, e 12,2 mil votaram
no PCB para vereador. A
maior parte do eleitorado está no Rio e em São Paulo.
A maior dificuldade, avalia
Zuleide, foi reunir os 120 mil
filiados em nove Estados para ganhar o registro da Justiça Eleitoral. Há entre 12 mil e
15 mil militantes. "Só os militantes votaram no partido", diz Zuleide. Pelos números das urnas, nem todos.
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