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São Paulo, terça-feira, 14 de outubro de 2003

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PAINEL

Mesa de negociação
O Planalto articula uma reunião dos presidentes dos partidos da base aliada para discutir as eleições municipais de 2004. A intenção é estabelecer um acordo de não-agressão nas cidades onde não será possível montar coligação e discutir a atuação de Lula na campanha.

Outro modelo
A princípio, Lula fará campanha apenas para candidatos do PT ou apoiados pelo partido. O presidente não quer repetir a estratégia de FHC, que costumava subir em mais de um palanque na mesma eleição (como no caso da disputa estadual de 1998 entre Covas e Maluf).

Papai Noel
Senadores do baixo clero querem desacelerar a reforma tributária. Por um motivo bem prosaico: forçar a convocação extraordinária e garantir um dinheiro extra no fim do ano.

Saúde parlamentar
Romeu Tuma, primeiro-secretário do Senado, proibiu o fumo em todas as dependências da Casa. Cartazes de "proibido fumar" começaram a ser afixados ontem nos gabinetes.

Bolso apertado
Cortando despesas, Brizola dispensou secretárias e colocou netos para fazer os serviços burocráticos no escritório do PDT.

Provocação
Não foi tão casual assim o atraso de José Dirceu (Casa Civil) para a reunião com Fernando Gabeira, na sexta-feira. Horas antes do encontro, o deputado dissera, via imprensa, que, mesmo com a conversa, não recuaria da decisão de sair do PT.

Projeto procure o bispo
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) lançou campanha para impedir a aprovação de lei que desresponsabiliza as agências de viagens por problemas enfrentados pelo turista - como overbooking ou falta de reserva em hotel.

A lógica de cada um
Veterinário por formação, o deputado Welinton Fagundes (PL) está empenhado em se tornar o substituto de Anderson Adauto nos Transportes. Seus aliados dizem que, se um médico pode comandar a Fazenda, um veterinário pode, muito bem, gerenciar os Transportes.

Ambiente carregado
José Natividad, governador de Nuevo León (México), anunciou que Bush, Fidel e Lula confirmaram presença na reunião da Cúpula das Américas, prevista para janeiro de 2004.

Aliança temporária
Adversários na política paulista, Geraldo Alckmin (PSDB) e Marta Suplicy (PT) vão se reunir hoje em Brasília com a bancada paulista por um interesse em comum: conseguir mais verbas para São Paulo no Orçamento do governo federal de 2004.

Reforço de caixa
Geraldo Alckmin (PSDB) defende a aprovação de emendas ao Orçamento para o Rodoanel e obras antienchentes. Marta Suplicy (PT) quer mais recursos para o minianel viário e para obras na região dos mananciais.

Feijoada abençoada
Resposta de Frei Betto, assessor especial de Lula, a um amigo que lhe pediu para intermediar contato dentro do governo federal: "Insista! Eu descobri que governo é que nem feijão, só funciona na panela de pressão".

Visitas à Folha
Olívio Dutra, ministro das Cidades, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Robson Cardoso Barenho, assessor de comunicação do ministério.  
Guilherme Narciso de Lacerda, diretor-presidente da Funcef (Fundação dos Economiários Federais), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Luiz Guilhermino, assessor de imprensa.

TIROTEIO
Do deputado Doutor Rosinha (PT-PR), sobre Fernando Gabeira (RJ) ter decidido sair do PT por não concordar com a política ambiental de Lula:
-A decisão de Fernando Gabeira é um sério alerta ao governo Lula. Se a bancada não começar a ser ouvida, mais gente poderá deixar o PT.

CONTRAPONTO

Ossos do ofício

Criticado pela oposição por suposto favorecimento a empresas privadas em licitações, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PSDB), tem contado uma história que aconteceu na Paraíba nos anos 60 para justificar como é duro ser governo.
Nessa época, havia um mendigo muito popular conhecido como Mocidade. Vivia atrás do governador João Agripino, que o levava para eventos políticos e lhe pagava algumas refeições.
Um dia, em praça pública, Mocidade subiu num caixote e falou muito mal da administração estadual.
Agripino soube e, na próxima vez em que se encontraram, perguntou:
-Quem lhe dá caronas e paga almoços?
-O senhor, governador.
-Então, por que você está me criticando?
-Sabe como é, né: governo tem que sofrer mesmo!

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