DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

A especulação em torno de a candidata Luizianne Lins (PT) planejar incluir aulas que abordem o homossexualismo no currículo das escolas municipais de Fortaleza foi parar ontem no programa de rádio de seu rival Moroni Torgan (PFL).
Na simulação de uma conversa telefônica com o locutor, um ouvinte diz não querer que crianças aprendam sobre homossexualismo nas escolas.
Segundo a assessoria de imprensa da petista, advogados da coligação de Luizianne entraram com uma ação na Justiça Eleitoral logo depois de o programa ir ao ar, pedindo direito de resposta. A própria candidata chegou a ouvir no ar a propaganda e ficou bastante irritada, por considerar que houve "grave distorção", segundo sua assessoria. Até o final da tarde de ontem, não havia nenhuma decisão judicial.
No programa de governo da petista, lançado ainda no primeiro turno, há nas páginas 64 e 65 propostas para o "direito à livre expressão sexual", entre elas a inclusão da disciplina "educação sexual" na grade curricular das escolas municipais. No conteúdo dessa nova disciplina estariam informações sobre o homossexualismo, como descreve o texto.
O marqueteiro de Moroni, Erivelton de Souza, diz que a idéia de pôr o assunto no programa foi para "tirá-lo do debate", por ser menos importante que discussões sobre habitação e emprego. Ele admite que o tema pode influenciar na campanha, mas disse que quer realçar os problemas da cidade e mostrar que propostas como inclusão de aulas sobre sexualidade são menos importantes.


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