|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Lula promove "campanha do medo", diz Alckmin
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA
O presidenciável Geraldo
Alckmin (PSDB) disse, em João
Pessoa (PB), que o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva patrocina uma "campanha do medo"
contra sua candidatura por levantar suspeitas de que, se eleito, o tucano privatizará estatais
e acabará com o Bolsa Família.
"É um absurdo esse jogo sujo", disse Alckmin: "Fico triste
de ver o próprio candidato Lula
dizer essas coisas sem a menor
veracidade. Como eles não têm
muito o que mostrar, ficam
nessa campanha de criar medo.
Campanha do medo. Vão tirar
isso, vão tirar aquilo, coisas que
não têm o menor sentido".
O discurso de Alckmin lembra a campanha de 2002, quando Lula acusou os tucanos, então no poder, de amedrontar os
eleitores com suspeitas sobre
um eventual desgoverno no caso de vitória do petista. O fracasso da estratégia levou o atual
presidente a criar um bordão:
"A esperança venceu o medo".
Para Alckmin, o uso desse recurso hoje mostra que seus rivais "estão com enorme dificuldade para criar uma mensagem
nova, de esperança".
Alckmin também falou sobre
as privatizações do governo de
FHC (1995-2002), alvo de críticas da campanha petista. "Se
estivesse errado, eles [o PT] tiveram quatro anos para reestatizar. E não reestatizaram."
O candidato voltou a criticar
os ataques do PT e da campanha de Lula a seus familiares,
feitos em boletim divulgado pela internet. Disse que não responderá às declarações no
mesmo tom, mas afirmou que
não aceitará o pedido de desculpas dos rivais. Os ataques do
PT citaram Sofia, filha de Alckmin, e a mulher dele, Lu. "Fazem as baixarias e depois vêm
querendo dar uma de bom-mocismo, pedindo para retirar do
site, querendo faturar dos dois
lados. Eu não sinto sinceridade
nisso [nas desculpas], porque,
todo dia, tem uma mentira diferente. Aí, quando acham que
passaram um pouco do ponto,
inventam essa história", disse.
Em João Pessoa, o tucano
participou de carreata e, sempre ao lado do governador da
Paraíba e candidato à reeleição,
Cássio Cunha Lima (PSDB), caminhou no centro comercial.
Em Maceió, Alckmin fez uma
caminhada pelo calçadão da cidade, acompanhado do governador eleito Teotônio Vilela Filho (PSDB) e do ex-governador
Ronaldo Lessa. Evitou comentar o suposto apoio de Collor a
Lula: "Cada um escolhe quem
vai apoiar, não vejo problema."
Sobre a decisão de Lula de não
ir ao debate da TV Gazeta, disse: "É um decisão dele. Eu participei de todos os debates realizados até agora".
Colaborou JOSÉ ALBERTO BOMBIG, enviado
especial a Maceió
Texto Anterior: Na TV: Petista diz que não vai ao debate da Gazeta na terça Próximo Texto: Contra-ataque: Tucanos comparam lula a collor em site de campanha Índice
|